Com base em informações da Operação Turbulência, o Ministério Público Federal atestou que o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, dono do avião que caiu em Santos, matando Eduardo Campos, foi reconhecido por ex-funcionários da Camargo Correa como sendo a pessoa encarregada de entregar propina devida pela construtora ao ex-governador de Pernambuco e ao senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). As informações são do jornal Correio Braziliense.
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A reportagem teve acesso à integra do inquérito da Polícia Federal que desencadeou a operação. Em parecer encaminhado à juíza da 4ª Vara Federal Amanda Torres Lucena da Justiça Federal em Pernambuco, que expediu os mandados de prisão contra cinco líderes do grupo criminoso, o procurador da República Cláudio Henrique Dias detalha o esquema de pagamento de suborno para políticos em dinheiro vivo.
O MPF diz, com base nas informações da PF, que João Carlos controla as movimentações "de branqueamento de recursos através das contas de pessoas físicas e jurídicas investigadas, sendo autor de diversas operações financeiras suspeitas".
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, garante que não houve caixa 2. Ele alega que o partido tem "plena confiança na conduta do nosso querido e saudoso Eduardo Campos". Fernando Bezerra Coelho declarou, por meio de nota, que "repudia" a vinculação dele ao caso. Ele diz que não foi coordenador das campanhas de Eduardo em 2010 e 2014.