O Debate entre os candidatos à Presidência da República no segundo turno, transmitido pela Rede Globo, teve novamente mais ataques do que propostas, e respostas centralizadas em defesas do passado, além de lembretes sobre a corrupção. Mediado pelo jornalista William Bonner, o debate entre Dilma Rousseff, do PT, e Aécio Neves, do PSDB, começou com perguntas feitas um pelo outro, com temas livres.
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Aécio Neves começou perguntando a Dilma Rousseff sobre as denúncias das revistas Veja e Isto É desta semana, que falam sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Aécio questionou se Dilma sabia do esquema, e a atual presidente afirmou que a Veja não trouxe nenhuma prova, e que vai investigar os corruptos.
Dilma questionou sobre a continuidade da criação de empregos, e sobre o salário mínimo. Aécio defendeu que o governo afungentou os investimentos, e que a inflação é maior do que recebeu. Aécio questionou então sobre a infraestrutura brasileira, e lembrou do financiamento do porto de Cuba. Dilma afirmou que o financiamento foi para uma empresa brasileira, e relembrou a geração de empregos. No final do primeiro bloco, o tema foi o Pronatec e educação.
O segundo bloco trouxe uma novidade: 70 eleitores que responderam a pesquisas do Ibope que estavam indecisos sobre em quem votar para presidente foram convidados a elaborarem perguntas aos candidatos.
Foram feitos, no início, questionamentos sobre temas como habitação com aluguel, e a educação. Os candidatos se voltaram a propor soluções para o problema dos eleitores. A terceira pergunta vinda dos indecisos convidados foi a corrupção, que levou a plateia a se manifestar nas falas de Aécio e Dilma, com aplausos e vaias. Em seguida, a pergunta foi sobre a aposentadoria, e os candidatos explicaram os seus planos para a previdência. Aécio afirmou que vai rever o fator previdenciário, e Dilma afirmou que um acordo com as Centrais é possível.
No terceiro bloco, os candidatos voltaram a fazer perguntas entre si, e os ataques voltaram. A primeira pergunta foi feita por Aécio à Dilma, sobre acessibilidade. A questão acabou se voltando para os programas sociais. Dilma afirmou que não há atrasos no repasse de programas sociais. Aécio afirmou que será prioridade, caso eleito. Dilma rebateu afirmando lembrando das verbas repassadas a entidades.
Os candidatos falaram também sobre a situação da seca em São Paulo. Aécio afirmou que há aparelhamento da máquina pública, e que a Agência Nacional das Águas não conversou com o governo do estado paulista, que atualmente é do PSDB. Dilma afirmou que o governo paulista não planejou e não procurou o governo federal, e lembrou a transposição do Rio São Francisco. Aécio defendeu que as obras da União na área estão atrasadas.
Em seguida, foram tratados temas como reforma política e financiamento de campanhas políticas. Logo depois, o tema foi agricultura. Dilma relembrou a safra atual, e Aécio defendeu uma maior competitividade para o agronegócio. Foram novamente debatidas as autorias de programas para o setor, como o Pronaf , Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familia.
Depois do agronegócio, o tema voltou a ser a corrupção. Aécio Neves lembrou o Mensalão, e questionou a Dilma Rousseff o que ela pensa das condenações de petistas. Dilma devolveu lembrando o Mensalão Tucano, e outros processos que, segundo ela, envolveram tucanos. A plateia se manifestou novamente, com aplausos e vaias, distribuídas aos dois candidatos.
O tema então voltou a ser educação. Dilma lembrou o Fies, o Enem e o Prouni. Aécio e Dilma voltaram a questionar mutuamente as propostas um do outro para a área. O tucano lembrou que a petista elogiou sua gestão em Minas Gerais, e Dilma defendeu que acreditou, até , segundo ela, ver que o ex-governador não investiu o prometido em saúde e educação.
No quarto bloco, os eleitores indecisos voltaram a fazer perguntas. A primeira foi sobre os problemas com enchentes, alagamentos, e desastres naturais. Dilma Rousseff foi a primeira a responder, e fez propostas sobre saneamento básico. A temática foi seguida pro Aécio Neves. Em seguida, uma pergunta sobre segurança pública e tráfico de drogas levou os candidatos a falarem em números e fazerem promessas para o combate a violência. Dilma lembrou os números de apreenssões de drogas e a Copa do Mundo de futebol, e Aécio reafirmou que as fronteiras do país estão desassistidas. A pergunta seguinte também foi sobre drogas, e os candidatos se comprometeram em combater as drogas com tratamento e educação. A última questão foi sobre o mercado de trabalho, e os dois candidatos aproveitaram para defender as medidas propostas para o trabalhador jovem e o atual desempregado.
Ao final do debate, os candidatos fizeram as considerações finais.143 milhões de eleitores estão aptos a votar para Presidente da República neste domingo, além da eleição para governador em 13 estados e no Distrito Federal.
