Os prazos das eleições presidenciais da Venezuela são curtos após a morte de Hugo Chávez. O Conselho Nacional Eleitoral anunciou que a votação será 14 em abril. O futuro presidente ficará no cargo até 2019. Entre hoje e amanhã, os partidos precisam apresentar os candidatos.
Os chavistas do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) vão para o pleito com o presidente interino, Nicolás Maduro. A coalizão de partidos da oposição, Mesa de la Unidad Democratica (MUD), deve confirmar o ex-governador de Miranda, Henrique Capriles, que concorreu com Hugo Chávez no ano passado e fez 45% dos votos.
O período de campanha será de dois a 11 de abril, o mais curto da história venezuelana. Na prática, a campanha já começou, principalmente pelos chavistas, que declaram apoio a Maduro durante o funeral de Chávez. As emissoras de TV do governo reforçam o discurso de que Maduro foi escolhido para seguir a "revolução". Um jornal de oposição, El Nuevo País, classificou como "Madurazo" a decisão judicial que permite a candidatura do presidente interino sem a necessidade de deixar o cargo. Em contrapartida, os veículos do governo criticam a oposição, acusada de mentir e tentar gerar instabilidade política.
Pelo quinto dia, chavistas formam fila neste domingo para ver o corpo do presidente que morreu na última terça-feira. É o último dia de passe livre no metrô. Desde a morte de Chávez, não é cobrado bilhete. O velório seguirá até quinta-feira. Amanhã, serão retomadas as aulas e serviços públicos.