Diante das manifestações com bloqueios em estradas de todo o Rio Grande do Sul, o governo do Estado instalou nesta segunda-feira (31) um gabinete de crise para tentar debelar as ações promovidas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), contrariados pela vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial. O decreto para tornar a medida oficial estava previsto para ser publicado nesta terça-feira (1), mas foi oficializado em edição extra ainda na noite desta segunda.
O governador Ranolfo Vieira Júnior convocou uma reunião de emergência para tratar o tema. Além de secretarias e órgãos da Segurança, serão convidados representantes do Ministério Público (MP), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Exército e Casa Civil.
No Rio Grande do Sul, até as 19h30min desta segunda, eram cerca de 60 pontos de interdição, sendo 45 bloqueios em rodovias federais, conforme atualização da PRF, e pelo menos 23 estaduais, conforme boletim mais recente do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), divulgado por volta das 16h. Desde que a derrota de Bolsonaro foi confirmada, manifestantes realizam ações em 18 Estados.
A PRF informou ter acionado as unidades regionais da Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir o fluxo nas estradas de todo o País. Em nota, a AGU informou que ajuizará as ações, mas que "a Polícia pode atuar sem demandar autorização". Em nota, a AGU informou que recebeu pedido de atuação por meio das unidades da Procuradoria da União em Rondônia, Goiás e Pará.