
Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, será um dos três municípios gaúchos com eleições suplementares no dia 30 de outubro. Neste segundo turno, os eleitores da cidade vão votar para governador, presidente da República e para prefeito, nesta ordem.
Cachoeirinha tem 104.314 eleitores aptos a votar. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) marcou a nova eleição em razão da cassação da chapa do prefeito Miki Breier (PSB) e do vice Maurício Medeiros (MDB) por abuso de poder político e econômico.
A decisão é de abril de 2022, no entanto, Miki já estava afastado do cargo desde 30 de setembro de 2021 em razão de outro processo movido pelo Ministério Público, que investiga um esquema de corrupção no município.
Três candidatos estão na disputa:
Cristian Wasem Rosa (MDB)
- Vice: Delegado João Paulo Martins (PP)
- Coligação: Um Novo Tempo (MDB/PP/PDT/Republicanos/Avante)
Cristian é o prefeito em exercício. Assumiu o cargo em razão da cassação da chapa quando era presidente da Câmara Municipal. É advogado, casado, tem dois filhos e vereador por duas vezes. Na eleição de 2020, foi o segundo mais votado na cidade. É autor de projetos sobre políticas públicas ligadas a pacientes com fibromialgia e que tratam de transparência, gestão de recursos públicos e anticorrupção.
— Nós temos uma prioridade que é a parte da saúde. Nós queremos ampliar o Hospital Padre Jeremias através de recursos dos governos federal e estadual, além de buscar emendas parlamentares para estar auxiliando o hospital. Também temos um projeto inovador, de implantação do Centro de Referência da Dor Crônica, que atenderá pacientes com fibromialgia, lúpus, artrite, artrose, febre reumática, entre outras doenças que são correlacionadas — destaca Cristian.
David Almansa (PT)
- Vice: Ester Ramos (PSOL)
- Coligação: A Esperança vai mudar Cachoeirinha (Federação Brasil da Esperança – Fé Brasil (PT/PcdoB/PV)/Federação Psol-Rede)
Almansa foi o vereador mais votado de Cachoeirinha em 2020, com 1.803 votos. Foi ele quem presidiu a comissão processante que tratou do impeachment de Miki Breier. Aos 31 anos, é sociólogo e, atualmente, cursa mestrado em Ciência Política na UFRGS.
— Cachoeirinha precisa romper o ciclo de 22 anos de governo que levou a nossa cidade à pior condição econômica, social e também moral da história. Eu e a Ester Ramos temos um programa emergencial para os próximos dois anos. Ele consiste na recuperação dos serviços públicos que foram destruídos. Garantimos que vamos reformar todas as escolas municipais, desde os pequenos reparos até obras mais estruturantes — afirma Almansa.
Dr. Rubinho (União Brasil)
- Vice: Jack Ritter (Cidadania)
- Coligação: Aliança Mais Cachoeirinha (União Brasil/Federação PSDB-Cidadania/Solidariedade/PSC/PTB/PL/Podemos/PSC/Patriota/PRTB)
Dr. Rubinho foi o segundo candidato mais votado na eleição para prefeito de Cachoeirinha em 2020, perdendo para Miki, que acabou cassado mais tarde. A diferença entre eles foi de apenas 318 votos. Miki ficou com 19.699 e Dr. Rubinho, 19.381.
— Temos um grupo de pessoas que quer a transformação da cidade com três pilares muito importantes. Primeiro, a transparência absoluta de todos os processos administrativos e a moralização da coisa pública. Segundo pilar, a questão da gestão. Entrega de gestão de qualidade para a população, seja na saúde, na educação no desenvolvimento econômico, no meio ambiente. Colocar pessoas técnicas, capacitadas que possam entregar o serviço público na melhor forma possível. Terceiro pilar, o desenvolvimento econômico. Precisamos abrir a cidade para a economia — defende Rubinho.
Também terão eleições suplementares os municípios de Cerro Grande e Entre-Rios do Sul.