
O adiamento por dois dias de um projeto de lei evitou o que poderia ter sido uma derrota para o Executivo nesta quinta-feira (24) na Câmara de Caxias. O Projeto de Lei Complementar (PLC) 6/2025, que altera a lei que regra o pagamento de gratificações a auditores fiscais do município já havia passado por primeira discussão na terça-feira (22).
Durante a segunda discussão, nesta quinta, vereadores da esquerda demonstraram resistência pela aprovação da medida. Entre os argumentos estava o temor de que as alterações pudessem abrir brechas para gastos futuros ou até questionamentos na Justiça. O líder de governo, Daniel Santos (Republicanos), chegou a defender a proposta, dizendo que o debate estava sendo distorcido e que não haveria criação de despesas.
A manobra para evitar a rejeição partiu do vereador Rafael Bueno (PDT), que propôs o adiamento, aprovado por unanimidade. Nos bastidores, a ida do projeto à votação sem o esclarecimento necessário foi classificado como "barbeiragem".
Incógnita no PSDB
A pouco menos de uma semana do dia 30, data que tem sido apontada como o anúncio da fusão do PSDB com o Podemos, há uma indefinição a respeito do futuro do partido em Caxias, ao menos oficialmente.
Integrantes consultados pelo Pioneiro dizem que aguardam o anúncio nacional para avaliar qualquer movimento. Até mesmo o presidente municipal da sigla, o deputado estadual Neri, O Carteiro, disse que pouco tem chegado às executivas municipais.
A fusão é particularmente peculiar em Caxias, onde PSDB e Podemos, cujo principal nome é o deputado federal Maurício Marcon, são ferrenhos antagonistas. A união, porém, abre uma nova janela de transferência aos membros dos dois partidos que não queiram seguir na nova sigla.
Marcon está apenas aguardando uma oportunidade, que pode surgir agora, para migrar para o PL. Nos bastidores, as avaliações são de que nomes importantes do PSDB também tendem a seguir outros caminhos.
E Adiló?
As negociações entre PSDB e Podemos também estão por trás da ida, dada como certa, do governador Eduardo Leite para o PSD. A expectativa nos bastidores é de que a filiação seja assinada no início de maio.
Se o movimento se confirmar, será um elemento importante na definição do futuro dos integrantes do PSDB em Caxias. A vereadora Marisol Santos, por exemplo, tem o governador como uma referência política.
Outra decisão importante é a do prefeito Adiló Didomenico. Dependendo da decisão do chefe do Executivo, pode haver mudanças na base aliada da Câmara. Adiló disse que só vai se manifestar quando houver uma definição.