O prefeito reeleito com 65,88% dos votos válidos, ou 43.567 mil votos, Diogo Segabinazzi Siqueira (PSDB), ganhou grande destaque pela sua atuação durante a forte chuva que atingiu o Rio Grande do Sul, em específico em Bento Gonçalves, em maio deste ano. Na tragédia, foram registrados diversos deslizamentos de terra e mortes no interior do município.
Além dos investimentos na reconstrução das áreas atingidas e prevenção para as mudanças climáticas, o prefeito enfrentará outros desafios no próximo mandato, como na saúde, com o andamento das obras no Hospital do Trabalhador — uma extensão da UPA 24 Horas — e na educação, com a ampliação das vagas nas escolas.
Mas, acima dessas questões, Diogo coloca que uma das suas prioridades será impor ordem na cidade, buscando a diminuição de moradores de rua e pedintes.
Confira a entrevista completa abaixo
Pioneiro: Quais são as suas prioridades para os próximos 4 anos?
Diogo Siqueira: Prioridade ainda são as situações básicas do dia a dia, saúde, educação, segurança pública, mas a grande prioridade é ter o controle da ordem no município e manter a qualidade de vida e a sustentabilidade do município de Bento. E aí, o que eu falo com ordem? É a gente conseguir manter as pessoas trabalhando, conseguir controlar a situação de pessoas moradoras de rua, é a gente conseguir diminuir o Bolsa Família aqui no município e os cuidados do dia a dia. Manter a ordem geral nos bairros. Essa é a grande prioridade que eu coloco hoje no governo.
Quais são as áreas que mais necessitam de atenção e como pretende trabalhar nelas?
Todas as pautas, cada secretaria, cada setor é importante, mas eu sempre falo uma coisa: a gente tem que ter um equilíbrio nas ações. No Hospital (do Trabalhador), vamos concluir ele, vamos começar a operar dentro do hospital e vamos ter as nossas internações lá dentro nesse mandato. A situação de escolas, temos que ampliar a oferta de vagas, porque a cidade está crescendo muito, mas tudo baseado nessa sustentabilidade. É aquilo que eu falo: eu tenho que manter uma qualidade de vida na cidade. Então, não adianta eu chegar aqui e a cidade crescer, mas ter muitas pessoas que vêm para cá com Bolsa Família e que acabam ocupando as vagas de quem está trabalhando também. E aí eu acabo aumentando o déficit para quem já está morando aqui. Então, esse é o cuidado que a gente tem que ter. Eu acho que esse é o momento de grande dificuldade das cidades que crescem, é manter esse tipo de qualidade de vida das pessoas.
Qual é o seu entendimento sobre o fortalecimento das demandas da região?
Siqueira: Uma grande questão regional é infraestrutura, infraestrutura viária, de aeroporto, que a gente tem Caxias também. É fazer funcionar o contrato de concessão (rodovias pedagiadas) da região da Serra Gaúcha. E é a situação de leitos de hospital, que eu acho que é mais uma etapa que a gente vai falar a vida inteira disso, mas é uma prioridade, tem que sempre estar batalhando por mais leito, mais UTI e uma qualidade maior na estrutura pública de saúde. E tem que haver uma união entre os municípios. Inclusive, até a situação que eu falo do Bolsa Família, não adianta eu fazer só em Bento Gonçalves se os municípios vizinhos não tiverem uma atitude parecida, senão o meu morador aqui, que perdeu o Bolsa Família, ele só vai pular a fronteira, vai contar uma história triste no município vizinho e vai ganhar mais uma vez o Bolsa Família. Então, tem que botar esse povo para trabalhar, é falar menos de direitos e falar de deveres que a gente tem como sociedade. E eu acho que a gente está numa maturidade de população para falar sobre isso, que tem muito direito, muito benefício, só que quem está trabalhando, quem está acordando cedo, é que acaba bancando toda essa estrutura de município.