A Polícia Civil de Bento Gonçalves encerrou nesta quinta-feira (26) o inquérito que apurou as circunstâncias do homicídio que vitimou Rui das Merces Alcântara Fontes, 36 anos. O caso aconteceu na última quinta, dia 19, na Praça Bartholomeu Tacchini, no centro de Bento Gonçalves.
Testemunhas que presenciaram o crime, entre elas a esposa da vítima, foram ouvidas. Imagens de câmeras de vigilância também foram analisadas. A partir disso, a polícia concluiu que não há indícios de que um episódio de importunação sexual tenha ocorrido, como foi apontado inicialmente. Conforme o relatório "não há evidências de exposição intencional ou gestos sugestivos que pudessem ser interpretados como importunação, abuso ou violência sexual".
O texto divulgado pela Polícia Civil aponta que o suspeito praticou ato obsceno ao urinar em um espaço público, estando em frente de mulheres e crianças, incluindo a esposa e filha da vítima.
Conforme a investigação, o suspeito de ter assassinato Fontes, um homem de 42 anos, natural de Bento Gonçalves, estava urinando na praça quando a família da vítima viu a cena. O inquérito aponta que na sequência se iniciou uma discussão, que culminou em um soco dado por Fontes no homem.
O suspeito revidou utilizando um punhal, desferindo 13 facadas em Fontes. Populares interviram e a vítima foi encaminhada para o Hospital Tacchini, onde permaneceu internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), até a morte, no mesmo dia em que o crime ocorreu. Fontes foi sepultado na última sexta-feira, dia 20, no Cemitério Municipal Central, em Bento Gonçalves.
O suspeito de cometer o crime está preso preventivamente desde o dia 20. Uma operação da polícia, realizada na sexta-feira da semana passada na casa do suspeito, localizou um revólver calibre .357 e 50 munições. A investigação apontou que a arma e as munições não têm envolvimento com o crime.
O delegado Ederson Bilhan, que coordenou as investigações, confirmou à reportagem que o inquérito foi encaminhado nessa quinta ao Ministério Público. No documento, a polícia indica que o suspeito deve responder por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, perigo comum e recurso que dificultou a defesa do ofendido. Ele também deverá responder pelo crime de ato obsceno.