Novas imagens de câmeras de monitoramento flagraram o momento em que o cachorro que morreu após ser arrastado por um carro no bairro Forqueta, em Caxias do Sul, acaba se prendendo ao veículo. A gravação, divulgada pela defesa do suspeito, mostra o que teria acontecido antes de o cão ser visto na Rua Miguel Gilberto Maschio na noite de sexta-feira (30).
De acordo com relatos de moradores, o motorista foi alertado que o cachorro estava amarrado e afirmou que não percebeu que o animal estava ali. Ele soltou o cachorro e fugiu sem prestar socorro.
As imagens de câmeras de vigilância da casa do suspeito mostram o instante em que o carro sai de uma garagem. Logo após manobrar, o veículo passa em frente ao local onde o cão estava. Na sequência, é possível ver a corrente presa ao pescoço do cão sendo puxada pelo carro. Instantes depois, uma pessoa sai da casa e nota a ausência do cão. Ela corre em direção ao carro e, depois, volta ao interior da residência.
Em nota, a defesa do motorista alega que a situação trata-se de uma fatalidade. Conforme o advogado Ângelo Boff, o homem era tutor do animal há 14 anos.
Segundo a nota, a corda que segurava o cão acabou se prendendo ao para-choque do carro, sem que condutor notasse. Depois disso, o veículo seguiu até a Rua Miguel Gilberto Maschio, onde populares o alertaram sobre a situação. O homem foi flagrado por câmeras puxando o animal pela corda até a calçada e fugindo sem prestar socorro.
O advogado alega que o suspeito é um homem “de certa idade” e não reconheceu o próprio animal no momento, mas que a família prestou socorro ao cão.
— Ele ficou perplexo e acabou saindo do local. Por sorte, a esposa conseguiu carona com um vizinho. Ao chegar no local, ela resgatou o cão e o levou para uma clínica veterinária. Mas infelizmente, a recomendação foi a eutanásia. A família pagou pelos gastos. Foi uma fatalidade — detalha Boff.
A gerente da clínica em que o cão recebeu atendimento confirmou que a esposa do suspeito foi quem levou o animal para o local. O cão acabou morrendo no sábado (31), em decorrência da gravidade dos ferimentos.
Ameaças e ofensas
De acordo com o advogado de defesa, Ângelo Boff, o homem que acabou arrastando o cão tem sofrido ameaças por internautas e moradores de Forqueta.
— Nesses 14 anos que ele teve o cachorro, o animal nunca sofreu maus tratos — comenta.
Segundo o advogado, o homem prestou depoimento na 3ª Delegacia de Polícia.