Uma investida policial busca desarticular lideranças criminosas que ordenam homicídios e a venda de drogas de dentro do Presídio Estadual de Canela. As buscas desta sexta-feira (16) foram solicitadas pela Polícia Civil e contam com o apoio do Grupo de Ações Especiais (Gaes) da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Esta é a segunda fase da Operação Xeque-Mate, que identificou 30 membros de uma facção na cidade.
As buscas nas celas apreenderam 24 celulares, R$ 2,5 mil, facas artesanais e algumas porções de drogas. O delegado Vladimir Medeiros afirma que o foco foi nas celas onde estão os líderes do grupo investigado.
— A Polícia Civil de Canela não vai tolerar que sejam comandados homicídios de dentro do presídio ou que sejam trazidos criminosos de fora da cidade e, se for preciso, vamos voltar a cumprir buscas no interior do estabelecimento prisional em busca de materialidade e elementos para responsabilizar as lideranças da organização criminosa — afirma.
Na quarta-feira (14), a Operação Xeque-Mate já havia cumprido 13 mandados de prisões preventiva. As ações policiais aconteceram em diversos bairros de Canela, mas também na Região Metropolitana e no Litoral. Descrito como o maior inquérito policial da cidade, a investigação mapeou a organização criminosa com a devida divisão de tarefas e hierarquia de cada um dos 30 membros identificados.
— (Além das 13 prisões preventivas,) a investigação policial segue em relação aos outros 17 membros da facção. Ou param ou são presos — garante o delegado Medeiros.
Os líderes deste grupo sao investigados por tráfico de drogas, com aumento de pena pela venda no interior do presídio, e por integrarem organização criminosa, com a qualificadora do emprego de arma de fogo. Desta forma, a pena prevista para os membro do grupo pode chegar a 40 anos de reclusão.