Uma das vítimas da chacina ocorrida na quinta-feira em um apart-hotel do bairro Canasvieiras, em Florianópolis, Ricardo Lora, de 39 anos — conhecido como Alemão — era de Caxias do Sul. Ricardo morava há menos de um ano em Florianópolis, segundo seu irmão, Rodrigo Lora. Ele foi sepultado sábado, no cemitério São Marcos da Linha Feijó, na área rural de Caxias do Sul.
O familiar disse desconhecer qual era a função que o irmão exercia no apart-hotel Venice Beach, palco da chacina que matou cinco pessoas no norte da Ilha. Ele contou também que Ricardo tem uma filha de 10 anos e que acredita que o irmão morreu "por estar na hora e no lugar errado".
— Ele estava em Florianópolis há menos de um ano. Não sei te dizer exatamente a função dele, mas ele era funcionário do hotel, trabalhava ali. Não tínhamos tanto contato ultimamente por conta da correria do dia a dia. Até onde a gente sabe, o único emprego dele em Florianópolis foi nesse hotel. Para a gente, é muito difícil entender o que aconteceu com o Ricardo, estava a trabalho, e se tornou uma vítima disso tudo — disse Rodrigo.
Além do trabalho no apart-hotel, Ricardo aparece no sistema da Receita Federal como sócio-administrador da empresa Hawk Bar, razão social da Arena Spazzio, que funcionava às margens da SC-401, no bairro Vargem Grande, também no norte da Ilha.