
A última atividade da noite desta quinta-feira do pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) foi um evento no salão da Igreja Nossa Senhora da Saúde. Um palanque foi montado para o deputado federal discursar. O clima era como o da recepção no aeroporto: de euforia. Bolsonaro agradeceu o carinho dos caxienses e ressaltou que ainda não é candidato. E que se alguém melhor surgir, ele retira seu nome.
— Mas os outros candidatos que estão aí são muito parecidos — destacou.
Alguém do meio da plateia gritou:
— São todos comunistas.
Ele falou de algumas bandeiras, como a segurança pública. Disse que é necessário mudar a lei e aplicar energia "e, se for o caso, mais violência ainda." Bolsonaro também defendeu o direito à posse de arma de fogo aos cidadãos, com alguns critérios a serem estabelecidos.
O pré-candidato manifestou preocupação com possíveis fraudes na eleição desse ano. Pediu para que cada um de seus apoiadores cobre o voto impresso no pleito.
— Se tivermos o voto impresso, a gente leva essa no primeiro turno. Povo brasileiro sabe votar, mas o TSE sabe contar. Então, o jogo está completamente desequilibrado. Nós desconfiamos de tudo no Brasil. Por que não podemos desconfiar do Tribunal Superior Eleitoral? — questionou.
Bolsonaro prestou homenagem póstuma ao ex-deputado Enéas Carneiro e também ao filósofo Olavo de Carvalho. O pré-candidato lembrou que o próximo presidente da República irá indicar três ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) e que Sergio Moro é um bom nome.
— Quero ser um instrumento de Deus para essa mudança — finalizou.
Bolsonaro passa a noite em Caxias e segue nesta sexta-feira para São Leopoldo.