Levar pacientes que estão na fila da internação em Caxias do Sul para hospitais de outras cidades da região é uma alternativa que poderia amenizar a crise que está sendo enfrentada pelo Hospital Pompéia, por exemplo.
Na quarta-feira, a superlotação do pronto-socorro da instituição chegou ao ápice. Por volta das 15h, 21 pacientes estavam em macas ou em poltronas por falta de leitos. O serviço tem sido muito procurado por pessoas que poderiam ser atendidas no Pronto Atendimento 24 horas (Postão) ou nas unidades básicas de saúde (UBSs). Há também demandas que antes eram absorvidas pela rede privada.
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Num ofício enviado à Secretaria Municipal da Saúde, o diretor-técnico do Pompéia, Mário Fedrizzi, alerta que a instituição só tem condições de atender pacientes emergenciais. A secretária municipal da Saúde, Dilma Tessari, considera que o problema é sazonal. Ainda na quarta-feira, ela conseguiu disponibilizar um total de seis leitos nos hospitais Geral (HG) e Virvi Ramos para casos graves.
– Ocorre a superlotação, mas é ocasional, é pontual. O problema ocorre num dia, mas em curto espaço de tempo vai ocorrendo a liberação de espaço – explica a secretária.
Numa reunião da Comissão de Intergestores Regionais (CIR) na terça-feira, foi cogitada a possibilidade do intercâmbio de pacientes entre os hospitais que integram a 5ª Coordenadoria Regional da Saúde (5ª CRS).
– É uma saída viável, um fluxo que precisa ser fortalecido. Temos em cidades vizinhas hospitais com leitos vazios, que poderiam receber os pacientes que estão na fila. Se for necessidade, vamos ter que tentar fazer esse remanejo – pondera Dilma.
A reunião não definiu como seriam realizadas essas transferências de uma cidade a outra, mas o maior entrave, na visão de Dilma, seriam os próprios pacientes:
– As pessoas não querem ir para outros municípios, mesmo que sejam ofertados hospitais em boas condições. Mas com o tempo, os usuários vão entender a situação e aceitar – ressalta a secretária.