Prefeitura de Caxias do Sul quer mudar Soama para terreno maior

A prefeitura de Caxias do Sul tem planos para melhorar a proteção animal na cidade. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Adivandro Rech, a ideia é transferir a Soama para um terreno maior, cerca de três ou quatro quilômetros distante do atual. Apesar do aumento de espaço, o plano não é ampliar o número de animais, pelo contrário: a meta é investir mais forte na adoção dos bichos.

– O objetivo do município e das ONGs de proteção animal não é criar um depósito de animais – assegura Adivandro Rech, titular do Meio Ambiente.

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O secretário ainda não cita a localização exata do novo terreno, mas adianta que com a negociação de permuta o município deve receber cerca de R$ 1 milhão, valor que deve ser utilizado para preparar a infraestrutura do local. O espaço, de nove hectares, teria canis, ambulatório e recepção –cinco hectares ficariam preservados, já que contêm mata. O espaço atual é de três hectares, metade ocupada com casinhas, canis e espaço com banheiros, cozinha, espaço para guarda de ração, sala do veterinário, uma ala chamada de "hospital", onde os bichos são cuidados, e outros espaços.

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Adivandro acrescenta que há uma pessoa interessada em adquirir o atual terreno da Soama e, em troca, disponibilizar o espaço maior e dinheiro. Essa é a verba esperada pelo município para preparar a infraestrutura do novo espaço. A pessoa interessada na negociação ficaria com a área atual, embora esteja contaminada por fezes e urina de animais.

Sobre a Soama
:: Foi criada há 18 anos, já na área cedida pela prefeitura.
:: Na época era comum recolher animais nas ruas, o que hoje a direção entende que acaba incentivando o abandono. Para alimentar animais, voluntários buscavam comida em restaurantes.
:: O número de animais se multiplicou rapidamente e a ONG teve de solicitar auxílio do município. Por volta do ano 2000, a prefeitura passou a ajudar com dinheiro.
:: Os R$ 58 mil do município pagam salário do veterinário (R$ 6 mil), empresa terceirizada que faz limpeza e manutenção e alimenta animais (R$ 23 mil) e paga parte das 15 toneladas de ração por mês.
:: Outras fontes de renda são a venda de produtos (camisetas, calendários...), caixinhas de troco em estabelecimentos comerciais, taxa de R$ 60 por animal adotado, carnês mensais com doação mínima de R$ 15 mensais, depósitos bancários e repasse de ração por meio da Justiça (penas revertidas em doações).
:: A ONG alega que os gastos (ração, remédios, luvas, potes, cirurgias, material de construção para reparos, manutenção do site, casinhas e outros) supera o arrecadado. Em maio, por exemplo, a entidade arrecadou pouco mais de R$ 11 mil e os gastos passaram de R$ 15 mil (fora despesas pagas com o valor da prefeitura).
:: As adoções ocorrem segundas, quintas e sábados das 15h às 17h. É preciso comprovante de residência, documentos e ser maior de idade. Para gatos, levar caixa de transporte, e para cães, coleira e guia. Todos saem castrados e microchipados. A taxa é de R$ 60 por adoção.