Era 29 de outubro de 2017. Diante de milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, no Vaticano, que acompanhavam a oração dominical do Angelus, o papa Francisco recordou a beatificação do padre João Schiavo, em cerimônia presidida pelo cardeal Angelo Amato no dia anterior, em Caxias do Sul.
"Ontem, em Caxias do Sul, no Brasil, foi proclamado Beato João Schiavo, sacerdote dos Josefinos de Murialdo. Nascido nas colinas vicentinas no início do século XX, foi enviado jovem sacerdote ao Brasil, onde trabalhou com zelo a serviço do povo de Deus e da formação dos religiosos e das religiosas. Que o seu exemplo nos ajude a viver em plenitude a nossa adesão a Cristo e ao Evangelho", disse o papa naquele domingo.
A cerimônia de beatificação do padre João Schiavo ocorreu nos pavilhões da Festa da Uva. Ele foi declarado beato pelo milagre atribuído à cura de Juvelino Cara, um homem acometido por uma trombose em todo o intestino delgado, em 1997.
Primeiro beato da Diocese de Caxias do Sul, Schiavo fundou instituições como o Seminário Josefino de Fazenda Souza, o Abrigo de Menores São José, em Caxias, o Abrigo de Menores, em Pelotas e Rio Grande e o Colégio Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Araranguá (SC). Também foi fundador, diretor e professor do Colégio Santa Maria Goretti, que nasceu em Fazenda Souza e hoje está no bairro Madureira.
Morreu em 27 de janeiro de 1967, aos 63 anos, já com fama de santo. Desde sua morte, a sepultura de Schiavo, atualmente no interior de uma capela que leva o seu nome em Fazenda Souza, é local de orações e peregrinações.
Morte do papa encerra pontificado de 12 anos
O papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, no Vaticano, em razão de um acidente vascular cerebral (AVC) e de insuficiência cardíaca.
O argentino Jorge Mario Bergoglio havia sido internado em fevereiro deste ano por causa de problemas respiratórios. A morte de Bergoglio encerra um pontificado de 12 anos, marcado pela sua popularidade entre os fiéis.