Garantir a qualidade e a durabilidade das obras feitas em estradas da Serra. Foi com esse objetivo que a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) inaugurou recentemente um laboratório de controle tecnológico em Caxias do Sul. A unidade, localizada no bairro Monte Bérico, recebe amostras de solo e pavimento asfáltico, que são analisadas com o uso de tecnologias. Além disso, no laboratório também são feitas análises de concreto.
O laboratório é responsável pela avaliação de todos os materiais que serão utilizados tanto nos trabalhos de restauração como na conservação das estradas concedidas da CSG, que atualmente representam 271,5 km (veja abaixo). Com equipamentos modernos e uma equipe técnica especializada, o espaço é responsável por realizar testes nos materiais utilizados em obras viárias, garantindo que atendam aos padrões exigidos.
Conforme o coordenador de Controle Tecnológico da CSG, Ademilson Silva Moura, a avaliação criteriosa de solo e pavimento é um processo essencial para a infraestrutura rodoviária, tendo em vista que a qualidade do solo influencia diretamente na estabilidade e resistência das estradas.
— O laboratório é fundamental para que a gente consiga acompanhar todas as etapas de uma obra. As análises realizadas nos solos nos permitem caracterizar e conhecer o tipo de cada um deles e em que fase das obras podem ser utilizados. Com esses estudos, conseguimos evitar patologias futuras, como erosões, buracos e crateras nas estradas — detalha Moura.
O laboratório também conta com um diferencial: a unidade móvel, que vai diretamente até as obras para coletar materiais como concreto e asfalto. Segundo Moura, esse procedimento garante agilidade no processo, permitindo que, em alguns casos, os resultados sejam obtidos de forma instantânea.
Como funciona
- A primeira parte do processo é a sondagem do local de onde o solo (terra) será retirado
- Após ser coletado, o solo é levado ao laboratório
- Quando chega com umidade, o solo passa por uma secagem prévia em uma estufa. Ele também é colocado em cilindros de compactação, que são moldes metálicos
- O laboratório conta com balanças, que servem para verificar o peso do solo úmido e seco
- Após passar por outros aparelhos, os dados finais indicam qual é o tipo do solo, de acordo uma classificação utilizada pela concessionária
- Também é avaliado no laboratório o quanto o solo se expande numa condição mais crítica de umidade. Para essa definição, os moldes ficam imersos em água durante quatro dias. Após esse período, ele é colocado numa prensa que irá medir a sua capacidade de suporte
- É possível avaliar as características mecânicas e físicas desse solo, como resistência e expansão e, a partir daí, identificar se o solo é resistente ou fraco
- Após as análises, é definido se o solo será utilizado nas camadas iniciais ou finais de terraplenagem das obras
- No laboratório de concreto, é possível avaliar a resistência do material que está sendo utilizado nas obras de pontes e viadutos
- Já a área de asfalto avalia propriedades físicas, químicas e mecânicas da mistura que será utilizada para realização do revestimento asfáltico nas rodovias
A CSG é responsável pela administração e manutenção da totalidade da RS-122 (km 0 ao 168,65), RS-446 (km 0 ao 14,84) e RS-240 (km 0 ao 33,58), além de trechos da RS-453 (km 101,43 ao 121,41), BR-470 (km 220,50 ao 233,50) e RS-287 (km 0 ao 21,49).
As rodovias estaduais fazem parte dos municípios de Antônio Prado, Bento Gonçalves, Bom Princípio, Campestre da Serra, Capela de Santana, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Ipê, Montenegro, Portão, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, São Vendelino, Triunfo e Vacaria.