Uma campanha liderada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias e pela Fundação Caxias busca recursos para auxiliar na desobstrução de vias interditadas na cidade e região. O objetivo é arrecadar dinheiro para a compra de diesel para abastecer máquinas pesadas empregadas no trabalho de remoção de barreiras. As doações podem ser feitas pela chave Pix atendimento2@fundacaocaxias.com.br.
De acordo com o presidente da CIC, Celestino Loro, empresas colocaram o maquinário à disposição e também ofereceram equipes para atuar na força-tarefa. Já o diesel foi garantido pela Rede SIM, que irá reservar parte dos estoques.
— Temos comunidades que estão completamente isoladas e, em alguns casos, nem se sabe como as pessoas estão. Em alguns locais não tem luz — observa.
Ainda conforme Loro, a chuva deve ter impacto importante na economia da Serra, embora ainda não seja possível medir no momento. A expectativa é de que nos próximos dias haja condições de se fazer uma avaliação mais precisa. O que já se pode concluir é que o prejuízo será muito maior do que em setembro do ano passado, especialmente na Serra, que foi menos afetada que o Vale do Taquari, naquela ocasião.
— Em setembro tínhamos uma região geográfica extremamente conflagrada e um Estado inteiro trabalhando. Agora não é generalizado, mas é uma área muito maior. Aqui em Caxias temos várias empresas paralisadas, é um alfabeto inteiro de problemas — avalia.
Loro também demonstra preocupação com relação às rodovias, especialmente a BR-116. A estrada já tinha restrições em Nova Petrópolis desde junho do ano passado, e agora contabiliza novos danos, como em Vila Cristina, em Caxias, onde o leito da pista cedeu.
— Agora o problema da BR-116 multiplicou por 10 — destaca.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Caxias do Sul (Sindigêneros), Volnei Basso, também espera um impacto significativo na economia, embora não haja números.
— Com certeza vai ser grande, mas ainda é cedo para mensurar — afirma.