A falta de chuvas já levou pelo menos 44 municípios gaúchos a decretarem situação de emergência. Na região, Canela é uma das cidades que mais sofre com a estiagem e a prefeitura deve emitir decreto na próxima semana. Em Caxias, não há registro de problemas e o nível das barragens está dentro da normalidade, conforme o diretor-presidente do Samae, Gilberto Meletti.
A única represa com nível mais baixo e que requer atenção é a Dal Bó: está com pouco mais de 65% de sua capacidade. Segundo Meletti, o sinal de alerta deve ser acendido quando os níveis chegam a 50%.
— O desperdício nunca deve existir. O consumo de água deve ser consciente independente do período do ano — reforçou durante entrevista ao Gaúcha Hoje da Gaúcha Serra neste sábado (7).
O painel no site do Samae com os níveis das represas de Caxias mostra, neste sábado, Maestra com 97,02%; Faxinal, 86,67%; Samuara, 98,24%; Marrecas, 95,57%; e Dal Bó, 65,82%.
Ouça a entrevista:
Furto de hidrômetros triplicou em 2022 na comparação com o ano anterior
Meletti falou também sobre o aumento no número de hidrômetros furtados no ano passado: 1.003 enquanto 2021 teve 300 registros. Os meses de junho e julho tiveram o maior índice: 150 e 118 furtos, respectivamente. Os bairros que concentram a maioria dos furtos são Pio X, com 182; Santa Catarina, com 139; e São Pelegrino, com 114.
Para inibir esse tipo de crime, o Samae recomenda a colocação de uma caixa em volta do hidrômetro. A autarquia fornece, inclusive, a proteção, conforme o diretor-presidente do Samae, Gilberto Meletti. Além disso, segundo ele, será feita neste ano a troca de equipamentos em residências:
— Vamos colocar com material plástico que não tem mercado, não tem valor.
A partir de 1° de março, a instalação da caixa de proteção será obrigatória para as novas solicitações de ligação de água e adequações de cavalete por meio das trocas de posição de hidrômetro.
