O jovem de 27 anos apontado pela Polícia Civil como responsável pelo atropelamento que causou a morte do radialista Ricardo Ló, em Farroupilha, confessou ser o condutor do C3 envolvido no acidente na manhã de domingo (12). Em depoimento aos investigadores, nesta segunda-feira (13), ele também admitiu que voltava de uma festa quando atingiu o radialista. Ló tinha 71 anos, estava atravessando a rua no cruzamento das ruas Treze de Maio e Armando Antonello, no bairro São Luiz, em direção ao trabalho. Ele morreu antes de receber socorro.
De acordo com o titular da delegacia de Farroupilha, delegado Ederson Bilhan, o condutor disse ainda que não parou para prestar socorro por não saber o que fazer no momento. Ainda antes do depoimento, na segunda, os investigadores já haviam confirmado a presença do jovem na festa.
— Ele ia para casa, que inclusive fica próximo do local do atropelamento — observa o delegado.
Câmeras de segurança, auxiliaram a polícia a identificar o veículo. A partir daí, outras técnicas — que o delegado prefere não divulgar — foram empregadas para chegar à identificação do motorista. Os policiais chegaram a ir até a casa dele após identificá-lo, mas ele não estava. No imóvel, foi apreendido o carro com o para-brisa e a parte dianteira danificados.
Acompanhado de um advogado, o condutor se apresentou na delegacia horas mais tarde, após sair do trabalho.
— Ele confessou o atropelamento, disse que não estava embriagado e que estava em baixa velocidade. Claro que essa é uma versão que contradiz um pouco outros indicativos que temos, mas foi o que ele falou. Vamos verificar outras circunstâncias — afirma o delegado.
O jovem, que não teve o nome divulgado, foi liberado logo após o depoimento. Conforme Bilhan, não havia situação de flagrante que sustentasse a detenção e crimes culposos — sem intenção de matar — normalmente não admitem prisões preventivas.
O condutor vai responder a processo por homicídio culposo na direção de veículo automotor. Caso uma eventual embriaguez seja comprovada e ele seja condenado, a pena final pode ter um acréscimo. A omissão de socorro também é considerado um agravante.