Uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul está prevista para ocorrer nesta terça-feira (8) a partir das 17h. Organizada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação (CDUTH), a pauta da audiência é o subsídio para o transporte público municipal, um projeto de lei (PL) do Executivo para repassar R$ 1 milhão por mês para auxiliar no custeio do transporte. A reunião é aberta para a população tanto pelas plataformas online quanto presencialmente.
A questão do subsídio veio à tona após o aumento na tarifa do ônibus, no início deste mês, para R$ 5,50. O aporte já vem sendo estudado pelo governo municipal desde o ano passado. O PL foi encaminhado à Câmara na última quinta-feira (3) e, se aprovado, a tarifa de ônibus terá valores diferentes: para quem pagar com dinheiro, R$ 5,50; com cartão da Viação Santa Tereza (Visate), R$ 4,75 – o que, segundo a prefeitura, contempla 85% dos usuários do transporte.
Caso seja aprovado o projeto, a prefeitura deve implementar também a tarifa verde, um valor para deslocamento feito nos horários de entrepico. Todos os dias, entre 9h e 11h e 14h e 16h, o usuário pagará R$ 3,50. A princípio, essa tarifa será aplicada durante 120 dias e pode ser prorrogada.
Caso seja aprovado, o subsídio também contemplará o transporte intramunicipal. Os valores, que atualmente são entre R$ 8,25 e R$ 16,50, poderão passar para R$ 5,50, entretanto, não há prazo para o aval dos vereadores ao projeto.
— A tarifa técnica hoje diz que a tarifa é de R$ 5,50, mas a gente não quer cobrar isso da população, a gente quer seguir cobrando os R$ 4,75 ou por que não baixar um pouquinho. Só que essa diferença tem que ser paga, porque essa tarifa é direito da concessionária em receber porque ela é calculada. Eles têm a despesa deles com a aquisição de ônibus, compra de pneus, com o combustível, com os funcionários, a margem de lucro prevista no contrato e no edital, isso é direito, é a parte da concessionária, se a gente não paga, entramos em débito com eles — explica o secretário de Trânsito, Transporte e Mobilidade, Alfonso Willenbring Júnior.
O vereador e presidente da CDUTH, Adriano Bressan (PTB), destaca que o subsídio não é para a Visate, mas para complementar o valor final de R$ 5,50 – atual tarifa técnica - à empresa.
— A gente sempre analisa outras cidades porque a gente precisa pensar não só o subsídio, mas também de que forma a gente pode gastar o menor preço possível com o subsídio, então temos que pensar nas diversas situações para subsidiar e o usuário não pagar esse preço final que é absurdo, mas sabemos que, por tudo que aumentou, ele estaria dentro desse padrão, mas não podemos deixar a população que mais precisa nesse momento pagar esse preço final — finaliza o vereador.