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A obra de recuperação da ponte dos Korff, que fica no distrito de Criúva, interior de Caxias do Sul, foi concluída pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos nesta quarta (4). A estrutura faz divisa entre Caxias e o município de Campestre da Serra e estava interditada desde o dia 11 de janeiro deste ano, após o rompimento de pranchas de madeira que serviam para fazer a travessia.
A ponte fica sobre o Rio das Antas e, desde 2017, apresenta problemas no pilar central, causado pela erosão, e más condições das pranchas de madeira. Na época, um reparo emergencial chegou a ser realizado pelas duas prefeituras (cada uma é responsável pela metade da estrutura) para evitar a interdição. Em fevereiro de 2019, Campestre da Serra recuperou de forma definitiva a parte da ponte que fica no lado do município. Além da substituição das tábuas, foi realizado o lixamento da estrutura metálica e pintura. O trabalho custou R$ 78.145.
No lado caxiense, o restauro começou no início de fevereiro deste ano. Foi feita a substituição completa do madeiramento (dormentes e pranchões), que compõe o tabuleiro da estrutura. A madeira utilizada foi o eucalipto Cloeziana, com tratamento preservativo em autoclave, a fim de obter mais durabilidade e vida útil. Foram realizados reparos nas fundações do pilar central com concretagem e reparos nas chapas de aço na estrutura treliçada. A estrutura em aço foi devidamente jateada, lixada e preparada para aplicação da pintura com tinta epóxi industrial de alta durabilidade, para suportar a exposição ao ambiente da região.
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— Enfrentamos todas as dificuldades, tanto na aquisição dos produtos devido à pandemia, intercorrências climáticas severas e alta umidade da região. Tivemos de abrir uma estrada para caminhões acessarem o leito do rio para poder fazer a concretagem do pilar central da estrutura, e a madeira é um material de uso específico. Não é comum ter disponível na Região Sul. Mas, com calma e paciência, contornamos os obstáculos e concluímos a obra dentro do orçamento — referiu o secretário de Obras, Norberto Soletti.
As obras foram executadas pela empresa Solaris Construtora, em uma extensão de 59 metros, e custaram R$ 305.472,60.
Além de servir para o escoamento da produção rural de moradores de Criúva e do interior de Campestre da Serra, a ponte, inaugurada em 1907, também é um dos principais pontos turísticos no interior de Caxias. A estrutura foi declarada patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul em 2006.