
A possibilidade do governo do Estado deixar nas mãos dos prefeitos aderir ou não às classificações por bandeiras no Modelo de Distanciamento Controlado, repercute entre os municípios da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Nesta sexta-feira (24), o presidente da entidade, e prefeito de Taquari, Maneco Hassen (PT), concedeu entrevista para a rádio Gaúcha Serra e defendeu mais diálogo até uma nova reunião entre as associações, prevista para a próxima semana. Conforme o presidente, há posições diversas entre as regionais. Alguns prefeitos, segundo ele, defendem que o governo deva ter total responsabilidade sobre os riscos de contágio, mas outros acreditam que as regiões possam assumir integralmente as decisões.
— Algumas (regionais) querem que o governo assuma toda a responsabilidade, outras que o governo seja parceiro e outras ainda querendo assumir tudo. Não se fez uma votação ainda, esperamos que não seja necessário — disse.
Questionado sobre as ideias de diferentes prefeitos não se tornarem contraditórias e confundirem a população, ele admite que existe o risco:
— Que a gente não tenha uma disputa entre municípios sobre quem abre ou fecha mais, ou quem cuida mais ou menos, essa é uma preocupação. A divergência de posições passa um sinal equivocado para a população de que não precisa ter todos os cuidados, mas o engajamento da população é o ponto fundamental.
O presidente, no entanto, entende que caso o governo decida pela flexibilização para os municípios, a Famurs irá acatar.
— Sem dúvida. O papel da entidade é promover o entrosamento entre todos os municípios — disse.
Em uma reunião na última terça-feira (21), Hassen defendeu que o governo do Estado continue no comando, assim com a maior a parte dos prefeitos participantes. Em entrevista ao Pioneiro, o prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin (PP), apoiou que as regionais de saúde atribuam seus próprios protocolos "baseados em uma orientação e não imposição do Estado".
Pelo sistema atual, o Piratini divulga um mapa preliminar às sextas-feiras e as prefeituras e associações regionais podem recorrer até o domingo seguinte.
Confira a entrevista na íntegra:
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