Conforme estudo técnico realizado pela Marinha, duas áreas de Arroio do Sal estariam aptas a receber o porto naval que será implantado na cidade. De acordo com o prefeito em exercício que representou o município de Arroio do Sal em reunião sobre o assunto nesta segunda-feira (26), Adilson Vargas, a avaliação indica que o empreendimento poderia ser implantado entre a praia de Rondinha e a área central da cidade, ou próximo ao balneário de Arroio Seco, sendo a primeira alternativa tecnicamente mais viável.
A expectativa agora é de que uma licença prévia saia dentro de um ano para dar início aos investimentos da iniciativa privada, que financiará totalmente a obra, cabendo ao município apenas questões de licenciamento e a concessão da área à União.
— Agora, eles vão desenvolver o projeto pra saber aonde será implantado o porto e, a partir do licenciamento, iniciar a obra — afirma Vargas, que sinaliza a existência de empresas já interessadas.
O representante de Arroio do Sal destaca que o município é completamente favorável à implantação de um porto,desde que se observe a questão ambiental envolvida no empreendimento.
— Queremos o desenvolvimento do município, mas um desenvolvimento sustentável, e isso será possível tendo em vista o modelo que nos apresentaram, de um porto que será o mais moderno da América Latina — afirma Vargas, que tem como referência o Porto de Itapoá que, segundo ele, consegue gerar riqueza com menos impacto ambiental.
Para lidar com os impactos gerados com a implantação de um porto naval na cidade, a Administração Municipal pretende formar um grupo de trabalhos junto às prefeituras da região, para acompanhar o empreendimento.
Vargas afirma que ainda não há um planejamento traçado, mas que Arroio do Sal já atua para suprir demandas de uma cidade que registra um significativo crescimento populacional e ainda lida com o aumento gerado pela presença de veranistas na alta temporada, quando a cidade de 10 mil habitantes chega a registrar 100 mil em picos, como o da virada de ano.
— Temos uma economia forte que não depende mais integralmente do veranista — garante Vargas.
— Não temos como prever o impacto do porto no turismo, mas acredito que com a preservação ambiental poderemos inclusive agregar nessa área. O porto dará mais visibilidade e trará mais emprego, atendendo a uma demanda que temos atualmente. É uma alternativa revolucionária para a região.