Com a redução das temperaturas registradas nos últimos dias, aumentou a procura por atendimento nos setores de urgência e emergência dos hospitais de Caxias do Sul por conta de doenças relacionadas ao frio.
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No Hospital Pompéia, a procura cresceu 20% na última semana. Atualmente, a instituição de saúde opera sem nenhum dos cerca de 300 leitos de internação disponíveis. Segundo a coordenadora médica do pronto-socorro, Raquel Odorice, as internações decorrentes do quadro de agravamento de doenças respiratórias, como gripe, bronquite, asma e alguns tipos de alergias, influenciaram nesse processo.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte, houve aumento nos atendimentos por conta de problemas relacionados ao frio. No entanto, a busca por consulta não chega a provocar lotação. Na manhã desta sexta-feira (5), cerca de 15 pacientes aguardavam por atendimento na sala de espera da unidade de saúde.
Uma das pessoas que aguardavam por uma consulta, devido a uma suspeita de bronquite, era a agente de limpeza Gerci Fátima Ribeiro, 49 anos.
— Desde sexta (da semana passada) me sinto mal, com dores na garganta e enjoos — contou.
A educadora Simone Dias, 34 anos, também esperava ser atendida para descobrir o diagnóstico da filha, Louise Bresolin, 7, que sentia dores no ouvido e na garganta.
— A gente fez vacina da gripe, mas ela veio a sentir esses sintomas desde ontem. Com certeza tem alguma relação com o frio — apontou.
No Hospital Geral, a busca na urgência e emergência aumentou muito pouco na comparação com outras emergências. Segundo o diretor técnico Alexandre Avino, não foi percebido um crescimento expressivo na ocupação geral em decorrência de males relacionados ao frio. No entanto o hospital opera com 81% da capacidade máxima. Antes dos períodos mais frios, a lotação da instituição era praticamente a mesma, de 80,5%.
Avino recomenda que, embora o hospital esteja de portas abertas para atender qualquer paciente que necessite de atendimento, que idosos e crianças, que são mais suscetíveis à doenças típicas de inverno, devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. A capacidade de remanejamento de pacientes do HG que estão no pronto-socorro para a UTI e, posteriormente para a enfermaria, está próxima do limite.
— Estamos com pouca capacidade de giro de pacientes, o que leva a reduzir o número de procedimentos eletivos, o que não gostaríamos de fazer. Então fazemos essa recomendação para manter o fluxo correto de pacientes e atender aqueles que estão com casos mais urgentes — ressalta.