Embora tenha sido confirmada pelo próprio governador do Estado, a concessão da ERS-122 não vai ocorrer de uma hora para outra. Os estudos que vão definir o modelo de repasse à iniciativa privada têm previsão de duração de seis a oito meses, segundo o secretário de Governança e Gestão Estratégica do RS, Cláudio Gastal. Somente depois disso é que a concorrência para definir quem irá administrar a rodovia será realizada.
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A modelagem será realizada dentro de uma parceria assinada neste sábado (25), em Canela, entre o governo do Estado e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O acordo prevê que o banco estatal realize os estudos para dar celeridade aos trâmites.
A concessão está prevista para ocorrer dentro de um processo de extinção da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que prevê que os trechos administrados pela estatal sejam repassados à concessionárias privadas. Como a ERS-122 possui dois trechos administrados pela EGR - entre Portão e São Vendelino e entre Caxias do Sul e Antônio Prado - eles seriam transferidos à empresa vencedora do certame juntamente com o restante da rodovia, hoje administrada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), conforme Gastal.
— Pegando esse trecho da EGR mais o outro trecho você tem uma capacidade de investimento e de extensão maior do que se você só pegasse o trecho que está hoje sob jurisdição do Daer — explicou em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
Apesar da intenção do governo do Estado de exigir investimento por parte das concessionárias, Gastal preferiu não garantir que a rodovia será duplicada. Isso porque o estudo precisa apontar o impacto das obras na tarifa.
— As premissas são de buscar sempre a melhor qualidade para a rodovia. O que vai nos dizer isso é o estudo. A matemática é exata, então colocando na ponta do lápis você tem que ver aquilo que tenha razoabilidade em termos de valores — disse Gastal.
A confirmação de Eduardo Leite de que a ERS-122 será concedida ocorreu na manhã deste domingo no santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, onde o governador acompanhou a missa campal das 10h30min. Ele foi questionado a respeito da situação da rodovia e apontou o repasse à iniciativa privada como solução definitiva para o problema. Leite não chegou a circular pela estrada, já que se deslocou de helicóptero entre Canela e Farroupilha.