
Sem notícias do filho há nove meses, a dona de casa Solange Cabral dos Santos, 59 anos, se sente esquecida. A moradora do Monte Carmelo não percebe esforços da polícia para encontrar Douglas Cabral dos Santos, 31, que desapareceu no trajeto de uma entrega em Santa Catarina, no dia 18 de fevereiro.
— Não estou mais vivendo. Tomo remédios, mas não consigo comer e não sinto vontade de sair de casa. O pior é não saber. Preciso de uma notícia. Deus precisa iluminar as pessoas que estão procurando. Mas parece que ninguém faz nada _ lamenta a mãe.

De acordo com a família, Douglas costumava fazer estas entregas para uma garagem no bairro Rio Branco. Naquele dia, o rapaz foi de ônibus até São Leopoldo onde buscou um Voyage. Sua última mensagem foi avisando que estava "subindo" para Chapecó, onde deixaria o automóvel.
— Acho que o meu filho está morto. Infelizmente. Não quero pensar assim, mas o coração de mãe... Ele nunca tinha feito isso. Podia ficar alguns dias fora, mas ligava e avisava onde estava. São nove meses! Ele mandaria mensagem para mim ou para os dois irmãos — afirma Solange.
Nos últimos meses, foram realizados testes de DNA com cadáveres não identificados da Serra e até em São Leopoldo, mas todos os resultados foram negativos. O caso segue em investigação pela Delegacia de Homicídios.
— Registramos ocorrência, contratamos advogado particular, colocamos no SOS Desaparecidos, meu outro filho foi até Santa Catarina para procurar, mas até agora nada. O delegado disse ao nosso advogado que (o Douglas) já está morto, mas cadê o corpo? — questiona a mãe.
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