
Os manifestantes que estavam desde domingo paralisados nas margens da ERS-448, na entrada de Nova Roma do Sul, rumaram ao centro da cidade na tarde desta terça. Se juntaram aos caminhoneiros os agricultores, comerciantes, estudantes e pequenos empresários.
De acordo com a Brigada Militar, foram mais de 350 pessoas que ficaram concentrados na praça da matriz, entoando o hino nacional e rio-grandense, enquanto carregavam bandeiras do Brasil e pediam a redução dos preços dos combustíveis, a saída de Temer e melhores condições de saúde, educação e segurança.
— Caminhoneiros, empresários, população: vamos parar. Esse pessoal que está lá em Brasília sentado e rindo da nossa cara precisa nos ouvir! — discursou o empresário Tranquilo Tessaro, chamado pelos representantes dos motoristas.
A atividade foi organizada através das redes sociais e teve também o apoio do pároco do município, que pelos alto falantes da torre da igreja matriz, convocou os moradores a participarem do ato.
— Não se trata de uma greve, pois somos uma sociedade unida que quer trabalhar. Chegou o momento de mostrarmos às autoridades que estamos cansados de ver nossos sonhos serem enterrados e os fardos pesados serem colocados nos ombros do povo trabalhador — defende o padre Gilberto Lazzaroto. Depois de cantar os hinos, a comunidade rezou.
Alunos do Colégio Estadual Nova Roma também participaram. O diretor da escola, Cristiano Panozzo, explicou que a decisão foi unânime entre os professores.
– Seremos nós, professores, que estaremos em greve aqui um dia. Esperamos que nesse dia sejamos tão valorizados quanto a gasolina é hoje — opina Panozzo.
Depois do ato na praça, os manifestantes fizeram uma carreata pela Júlio de Castilhos, principal rua da cidade.