A Defensoria Pública do Estado de Caxias do Sul estuda solicitar a designação de um defensor de fora da cidade para atuar no caso do rapto, estupro e morte de Naiara Soares Gomes, sete anos. O motivo é a repercussão e a comoção da comunidade sobre o caso.
Segundo a Defensoria, é possível, em casos como este, que o defensor designado peça a nomeação de um colega de outro município, o chamado defensor itinerante.
Até esta segunda-feira, a Defensoria não havia sido intimada sobre o caso Naiara, e o autor confesso dos crimes, Juliano Vieira Pimentel de Souza, 31 anos, também não tinha advogado constituído, segundo a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe).
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A Defensoria Pública foi notificada pelo judiciário apenas em função da prisão temporária pedida pela Polícia Civil e determinada pela Justiça em função do outro crime pelo qual Souza é investigado, o estupro de uma menina em outubro do ano passado. O processo corre em sigilo na 3ª Vara Criminal e, mesmo para as partes envolvidas, é preciso oficializar um pedido ao juiz para ter acesso aos documentos, o que, até o momento, não ocorreu.
Ainda conforme a Defensoria, o defensor público não teve contato com Souza nem com o depoimento prestado por ele à polícia. Também não houve manifestação ou requisição à Justiça por parte do defensor, que preferiu não comentar o assunto.
Sobre o caso da Naiara, o defensor público deverá ser notificado quando e se houver pedido de prisão ou quando e se houver denúncia contra Souza por parte do Ministério Público Estadual.
Por enquanto, ele segue preso em casa prisional da Região Metropolitana.