Uma audiência pública, hoje, vai reunir lideranças comunitárias da Zona Norte de Caxias do Sul, empresários, políticos e membros do Ministério Público para discutir a morosidade na realização das obras no acesso ao bairro Santa Fé. O encontro, que inicia às 19h30min no salão da Igreja Santa Rita de Cássia, foi proposto pela Comissão de Legislação Participativa e Comunitária (CLPC) da Câmara de Vereadores, presidida pelo vereador Adiló Didomenico. A intenção é buscar respostas sobre o andamento do processo de reformulação do trevo, que é considerado um dos principais gargalos do trânsito da cidade.
O ponto, localizado no km 141 da RSC-453, é marcado por constantes acidentes e aguarda obras prometidas desde 2012. O governo federal liberou, em outubro deste ano, quase R$ 3 milhões para a reformulação do trecho, porém, questões burocráticas e de ajustes no projeto atrasaram o início das obras. Enquanto isso, conforme moradores da redondeza, são registradas de duas a três colisões por semana. Desde 2010, quase 300 acidentes com feridos, incluindo atropelamentos, já foram registrados no local.
Leia mais:
Caxias quer rediscutir com o Daer reformulação do trevo de acesso ao bairro Santa Fé
Saiba como vai ficar o acesso ao Santa Fé, em Caxias, após obra na Rota do Sol
Projeto de rotatória no acesso ao bairro Santa Fé, em Caxias, vai precisar de novos ajustes
Prazo para obras no trevo de acesso ao bairro Santa Fé, em Caxias, termina em um ano
Daer autoriza obra no trevo do bairro Santa Fé, em Caxias do Sul
O perigo se tornou maior nos últimos meses, já que o movimento no trevo praticamente ampliou com a abertura da única Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caxias. Além disso, diversas empresas estão instaladas às margens da rodovia, o que aumenta a preocupação da comunidade.
Os recursos repassados pelo governo federal estão disponíveis somente até outubro de 2018. Mas, de acordo com o secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade não existe qualquer possibilidade de o valor ser perdido.
— Essa verba faz parte de um pacote de obras. O que a prefeitura não pode fazer é ficar até seis meses sem utilizar qualquer parte deste recurso. Então, é completamente descartável a ideia de perder este dinheiro. Isso é uma explicação da própria Caixa Econômica Federal — garante Cristiano de Abreu Soares.
O secretário aguarda um parecer final do Departamento Autônomo de Estradas (Daer), que deve comunicar a aprovação do projeto ainda nesta semana. Após isso, a expectativa é de que as obras comecem no primeiro trimestre de 2018. A reformulação do trevo é orçada em R$ 2,6 milhões e será viabilizada com dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A intervenção, que abrangerá 600 metros da rodovia, deve ser realizada pela Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca).
