
A superlotação do pronto-socorro do Hospital Pompéia, em Caxias do Sul, faz com que a instituição opere no limite. Na tarde desta quarta-feira, 21 pacientes que receberam determinação para internação seguiam em macas ou em poltronas por falta de leitos.
O serviço tem sido muito procurado por pessoas que poderiam ser atendidas no Pronto Atendimento 24 horas (Postão) ou nas unidades básicas de saúde (UBSs). Num ofício enviado à Secretaria Municipal da Saúde nesta quarta-feira, o diretor-técnico do Pompéia, Mário Fedrizzi, alerta que a instituição só tem condições de atender pacientes em estado grave.
– Pedimos que só nos encaminhem casos emergenciais. Estamos usando macas das próprias ambulâncias que trazem os pacientes. Temos pacientes que deveriam estar em leitos, mas estão no pronto-socorro – relata o médico.
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O problema não é uma novidade. No início de novembro, o hospital já havia emitido um aviso. Apesar de o pronto-socorro ser referência para pacientes acidentados, com suspeita de infartos, com derrames e crises convulsivas, entre outras, muitas pessoas com quadro de saúde menos grave buscam o atendimento porque o Postão 24 horas também está superlotado.
A procura tanto no Postão quanto no Pompéia aumentou consideravelmente nos últimos meses a partir do fechamento de postos de trabalho na cidade, o que fez com que muitas famílias perdessem os convênios com os planos de saúde.
– Não posso fechar as portas do pronto-socorro. Mas não tenho onde colocar pessoas que não sejam casos emergenciais – reforça Fedrizzi.
A Secretaria Municipal da Saúde ainda está avaliando a situação.