Ciclistas têm pré-romaria de Caravaggio, em Farroupilha, e pedem por segurança no trânsito

É para pedir mais respeito no trânsito que centenas de ciclistas pedalam até o Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio neste sábado para participar do segundo fim de semana de pré-romarias em homenagem à santa. O encontro reunirá admiradores do esporte de toda a Serra Gaúcha. Na última edição, em 2015, a pré-romaria dos ciclistas reuniu 2,2 mil participantes.

Vestindo capacetes, luvas e roupas especiais, homens e mulheres de todas as idades se aventuram em estradas do interior, principalmente, a cada fim de semana, faça sol ou chuva. Estima-se que 600 novas bicicletas passem a rodar na cidade por mês, impactando positivamente na economia local e incentivando a prática de exercício físico, responsáveis por benefícios diretos à saúde. A aquisição das bikes é relacionada exclusivamente ao esporte e não tem relação direta com o aumento do uso inserido na mobilidade urbana, afirma o coordenador do Movimento Massa Crítica, Luciano Pacheco.

- As pessoas pedalam 80 quilômetros em um fim de semana, mas não fazem oito quilômetros para ir ao trabalho pela falta de segurança que encontram dentro da cidade - compara Pacheco.

E é justamente por mais um espaço urbano seguro, representado pelas ciclovias e por facilidades que permitam o uso, como bicicletários e empréstimos de bikes, que os ciclistas pedem atenção do poder público. O SIM Caxias, projeto de mobilidade urbana da prefeitura que está em execução, terá como segundo eixo de trabalho o pedestre e ciclista, garante o secretário de Trânsito, Manoel Marrachinho. O projeto de implantação de um eixo cicloviário central deve ser apresentado até a metade do ano, estima.

- O que não pode acontecer é uma ciclovia que não é ligada a lugar algum, como aconteceu na Atílio Andreazza. Queremos interligar estas ciclovias com as EPIs, que já têm bicicletário - exemplifica Marrachinho.

Caxias do Sul tem 5,8 quilômetros de ciclovia construída. Na próxima semana, serão entregues mais 700 metros na Rua Artur Perotoni, em Forqueta. 

- Precisaremos mudar a cultura local, de querer dar o menor número de passos possíveis para chegar a um destino. A bicicleta precisa ser um meio de transporte modal positivo. Teremos um longo trabalho pela frente, já que isto mexe com a retirada de estacionamentos e redução do espaço de carros - afirma Marrachinho.