Apesar da clara proliferação do mosquito transmissor de dengue, zika vírus e febre chikungunya, falta conscientização dos caxienses. Na Vigilância Ambiental, pipocam denúncias de pontos com lixo acumulado e água parada, criadouro perfeito para o inseto que é vetor das três graves doenças. E não é preciso grande esforço para encontrar lugares propícios para o inseto se reproduzir: terrenos com entulhos a céu aberto e recipientes que acumulam água da chuva se multiplicam pela cidade.
Por enquanto, não há registro de doenças contraídas em Caxias, mas há dois casos de dengue importada (adquirida em viagens para fora do RS).
Confira as últimas notícias do Pioneiro
Além de contribuir para a reprodução do Aedes Aegypti, quem não limpa o pátio atrapalha o trabalho da Vigilância Ambiental, abarrotada com cerca de 800 denúncias desde o início do ano. A equipe conseguiu vistoriar apenas cerca da metade. São dois fiscais sanitários e 45 agentes de endemias para atender a uma cidade com cerca de 214 mil imóveis cadastrados. Por enquanto, os esforços são concentrados em áreas onde focos já foram encontrados. Até agora foram oito, nos bairros Cidade Nova (três) Pioneiro (dois), Jardim América, São Pelegrino e Centro (um em cada).
Durante o feriadão de Carnaval, um mutirão com 10 agentes manteve o trabalho ativo, expandindo a busca pelos focos em bairros ainda não infestados pelo Aedes e tentando atender a solicitações represadas. Além disso, desde o início do mês, uma medida provisória do governo federal autoriza o ingresso forçado de agentes de saúde em imóveis públicos e particulares abandonados. Mesmo assim, o trabalho se perde se a comunidade não se engajar na luta.
- A população tem informação, mas não está fazendo da forma como deve ser feito. Há casos de lugares abandonados e residências com morador, às vezes com um recipiente, às vezes com grande quantidade. O risco é alto e com o calor e a chuva, passa a ser muito maior - aponta Delvair Zortea da Silva, médica veterinária da Vigilância Ambiental.
O alerta é grande: neste ano o mosquito chegou a áreas mais centrais da cidade, onde não havia infestação em anos anteriores.
- Pela infestação que está no Estado e no Brasil, o mosquito vai chegar. E pessoas doentes também vão chegar, porque há índice altíssimo de casos no Brasil. Não estamos isolados da situação epidemiológica - destaca Delvair.
DENUNCIE
Em Caxias do Sul
:: Vigilância Ambiental: de segunda a sexta, das 8h às 18h. Telefones: 3901.2503 e 3202.1438. Como a demanda é grande, a linha pode ficar
ocupada.
:: Alô Caxias: de segunda a sexta das 7h30min às 19h. Telefone: 156
:: O que informar: o máximo de dados possível. Tente fornecer o endereço completo e um ponto de referência. Se souber, indique o nome do proprietário do imóvel.
:: Ao visitar o lugar, o agente de saúde não revela o nome de quem denunciou.
No Estado
:: site: www.ufrgs.br/rscontraaedes/
:: WhatsApp: (51) 9184-7821
:: Ligações gratuitas: 0800-645-3308
:: Via aplicativo:
RScontraAedes. Disponível gratuitamente na Google Play e na App Store. O aplicativo recebe denúncias de focos de criadouros do mosquito,
esclarece dúvidas e informa sobre os sintomas da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus.
Saúde
Terrenos com lixo acumulado prejudicam combate ao mosquito Aedes Aegypti em Caxias
Por enquanto, não há registro de doenças contraídas em Caxias, mas há dois casos de dengue importada
GZH faz parte do The Trust Project