Quem passou pelo Largo da Estação Férrea, no início da manhã de segunda, pode ter se espantado com a sujeira deixada por foliões que passaram o domingo pulando Carnaval. Garrafas plásticas, latas de refrigerante e cerveja, além de serpentinas e confetes, forravam boa parte das ruas Augusto Pestana e Coronel Flores. Funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) recolheram mais de 12 toneladas de lixo nas ruas da Estação e também na Plácido de Castro, via que recebeu as escolas de samba na sexta-feira e no sábado. Contudo, a sujeira na Estação Férrea, principalmente nos finais de semana, não é novidade para quem mora e trabalha na região.
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A fisioterapeuta Pâmela Spadari Crippa, 24 anos, tem consultório em um dos prédios da Coronel Flores e se queixa dos transtornos. No verão, quando o movimento nos bares e restaurantes é maior, a algazarra ocorre com mais frequência, de acordo com ela. Nas quintas e sextas-feiras, quando para trabalhar antes das 8h, conta que precisa desviar de garrafas quebradas para não se machucar, além de evitar pessoas bêbadas e deitadas na entrada do prédio.
- Já senti medo e constrangimento muitas vezes. Nunca se sabe como essas pessoas, que passaram a noite bebendo, vão reagir - relata.
Trabalhando na Estação Férrea há mais de um ano, Pâmela garante que enfrenta esse problema desde sempre. Esse ano foi o segundo que a caxiense trabalhou nos dias seguintes ao Carnaval, e afirma que a cena só se repetiu.
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