Com a morte do jovem morto a tiro em uma igreja abandonada no São Pelegrino, na manhã deste sábado, Caxias chega ao 100º assassinato.
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A marca, atingida a 54 dias antes do final do ano, sinaliza a violência desenfreada registrada especialmente em dois meses de 2015: juntos, agosto e setembro registram 30 mortes violentas. No ano passado, os mesmos dois meses contabilizaram 15 assassinatos e Caxias encerrou o ano com 99 vítimas de homicídios ou latrocínios. Na época, o dado foi comemorado: desde 1998, a cidade não encerrava o ano com número inferior a 100 mortes. Porém, ao que tudo indica, 2015 deve encerrar com números aproximados de 2013, que registrou 110 assassinatos. Naquele ano, a 100ª morte ocorreu em 1º de dezembro.
A explicação para o que ocorreu em agosto e setembro deste ano é reflexo, para as autoridades policiais, da crise financeira estadual: cortes na segurança pública e, especialmente o parcelamento de salários, que resultou em paralisações, inclusive da polícia civil. A Brigada Militar continuou trabalhando, mas o que se viu foi um servidor desmotivado.
Das 100 vítimas do ano, 91 eram homens e nove eram mulheres. Do total das vítimas, 58 tinham entre 18 e 35 anos e 31 entre 36 e 64 anos. Sessenta vítimas tinham antecedentes criminais e outras 17 registros de crimes de menor potencial, como ameaça e lesão corporal. Em 46 assassinatos, as vítimas tinham passagens pelo sistema prisional. A arma de fogo está em primeiro lugar como meio das mortes e soma 80 dos 100 casos. Em seguida, está o uso de faca ou instrumento de corte, com 15 casos.
Criminalidade
Com homicídio em São Pelegrino, Caxias do Sul chega ao 100º assassinato de 2015
Agosto e setembro foram os meses mais violentos, com 30 mortes
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