As oito creches previstas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) pelo programa Proinfância para Caxias do Sul e que ainda não saíram do papel podem virar realidade se o valor dos contratos do governo federal com a empresa responsável pelas obras for atualizado. A MVC reclama que esses contratos foram assinados com a União em 2010 e de lá pra cá aumentou o custo da matéria-prima da construção civil.
O executivo da MVC Jean Zolet concedeu entrevista nesta terça e explicou que o contrato com a prefeitura de Caxias foi firmado em novembro de 2013 e o primeiro terreno, no bairro Mariani, foi entregue apenas em fevereiro deste ano. A empresa, segundo ele, teria 60 dias para iniciar as obras. Mas, em função da falta de atualização dos valores e do atraso de repasses do governo federal, elas não começaram.
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Se o equilíbrio financeiro que a empresa pede ao município for atendido, a MVC garante que consegue entregar a creche em quatro meses. A tecnologia utilizada pela construtora permite que 80% da estrutura seja feita dentro da fábrica, o que agiliza o processo.
No entanto, a Secretária de Educação de Caxias do Sul, Marléa Ramos Alves, afirma que o município busca desfazer o contrato com a MVC para abrir uma nova licitação para a construção da creche no bairro Mariani. As outras sete creches, segundo ela, serão feitas diretamente pela prefeitura de Caxias do Sul e não mais via FNDE.
Em função do atraso de recursos federais, a MVC demitiu 108 funcionários na semana passada e está fechando a unidade em Caxias do Sul. A MVC é responsável por 350 obras de creches em todo o país, mas entregou apenas 14.
Recursos federais
MVC cobra atualização de valores dos contratos para construir creches em Caxias
Empresa reclama que contratos com governo federal foram assinados em 2010, quando custo da matéria-prima era menor
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