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O crescimento desenfreado de Caxias do Sul contribuiu para que o Complexo Jardelino Ramos chegasse à situação de hoje. À medida em que famílias foram chegando à cidade, se instalaram na área sem que houvesse um controle rígido. Aos poucos o complexo foi se formando até chegar ao cenário de hoje, em que centenas de casas se amontoam.
Direitos de viver em vielas são os mesmos de morar em amplas ruas de Caxias
Mobilidade é um dos principais problemas no Complexo Jardelino Ramos
Nova UBS deve ser uma das melhorias no Complexo Jardelino Ramos
Metade dos moradores do Beltrão de Queiroz, em Caxias, tem títulos de propriedade
Para se ter uma ideia, quando a prefeitura efetuou o levantamento dos três bairros que formam o complexo, foram contabilizados cerca de 800 terrenos. Alguns chegam a ter apenas 30 metros quadrados.
GALERIA DE FOTOS: confira imagens do Complexo Jardelino Ramos, formado pelos bairros Jardim América/ Antena, São Vicente e Jardelino Ramos
O crescimento descontrolado afetou a urbanização. Parte da Rua Maranhão se transformou em uma viela, porque moradias avançaram sobre o leito da via. Há trechos em que a largura é de pouco mais de um metro. Isso ocorreu porque antigamente não havia controle rígido sobre a ocupação do solo.
Líder comunitária e moradora do Jardim América/Antena, Lucia Klipel conhece bem cada viela. Ela lembra que, nos idos de 1960, pequenos caminhões carregados de lenha, leite, queijo, vinho e outros produtos abasteciam os moradores mesmo no trecho onde hoje passam apenas pedestres. A via também é conhecida como o antigo Beco Leonardeli.
- Na minha infância, lembro da ambulância do antigo "Samdu". Se alguém adoecia, ela subia para buscar o paciente. Hoje, ela só passa nas ruas principais. Se Deus me livre acontecer um sinistro, os bombeiros não terão como entrar. É claro que temos medo - admite.