A presidente Dilma pede que tenhamos paciência. A categoria, o sangue frio e a franqueza que ela tentou exibir no pronunciamento não conseguiram camuflar que a presidente está de joelhos implorando por paciência.
Combinemos, Dilma e sua entourage estão apavorados, e não é para menos.
Qualquer explicação que Dilma arriscar a essas alturas dos acontecimentos será insuficiente.
Na TV, Dilma focou em explicar o ajuste fiscal que tenta equilibrar as contas públicas. O pacote inclui aumento de impostos, de combustíveis, de energia elétrica, revisão de benefícios trabalhistas e cortes orçamentários. Ou seja, é o cidadão que embala o berço desse monstrengo parido pelo governo e que se materializa em inflação.
Difícil conseguir que o brasileiro tenha paciência sabendo que Dilma gastou o que não devia em quatro anos, endividando o país, e agora cobra a conta do cidadão. A paciência também se mostra meramente um sonho sempre que abrimos os olhos e vemos a roubalheira na Petrobras, de pelos menos R$ 4 bilhões (quatro bilhões).
Caso que ilustra a situação de milhões de brasileiros a quem Dilma pede paciência:
João trabalhou durante 17 anos numa metalúrgica. Recentemente, comprou casa financiada pela Caixa e um carro zero subsidiado pelo fim do IPI.
Há duas semanas João foi demitido porque a metalúrgica está sem pedidos.
Por que a metalúrgica onde João trabalhava está sem pedidos?
Porque o setor produtivo nacional está devagar quase parando por conta das políticas econômicas adotadas pela presidente.
João está à beira da depressão, não sabe de onde tirar dinheiro para pagar os dois carnês. Inadimplente, perderá casa e carro e todo o dinheiro que gastou nos dois negócios que fechou com garantias do governo federal.
É para os Joões que Dilma pede paciência.
Dilma, em nenhum momento dos 15 minutos do pronunciamento a senhora teve a dignidade de reconhecer que também errou.
Está difícil ter paciência, presidente.
A semana promete.
As próximas semanas prometem.
Oremos.
Opinião
Gilberto Blume: está difícil ter paciência, presidente
A semana promete. As semanas prometem. Oremos
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