Dr. Google responde, claro, mas aí vai um resumo resumido sobre Plácido de Castro, o homem que está tendo as bases asfaltadas sem sequer ter sido consultado.

Plácido nasceu em São Gabriel (RS) em 1873 e morreu em Seringal Benfica (Acre) em 1908.
Teve vida breve, mas intensa.
Em apenas 35 anos de vida o homem conseguiu ingressar no panteão dos heróis nacionais.
Plácido descendia de militares. O bisavô participara da ocupação das Missões, o avô lutara nas Guerras Cisplatinas e o pai se engajara na Guerra do Paraguai.
Filho de peixe, Plácido se formou na Escola Militar, mas não aderiu à turma de pica-paus de Júlio de Castilhos quando estourou a Revolução Federalista e nem às tropas leais ao presidente Floriano Peixoto.
Aliou-se a Gumercindo Saraiva, líder dos maragatos, gente que defendia o parlamentarismo, a centralização política e o fortalecimento do governo federal.
Revolução perdida, Plácido é anistiado e parte para o Rio de Janeiro, atua na Escola Militar. Na sequência segue a São Paulo, trabalha nas docas de Santos.
Em 1899, com 26 anos, é fisgado pelas notícias que vêm da Floresta Amazônica: a borracha enrica rápida e facilmente naquela Era da Borracha. Parte para a região onde atualmente é o Acre, à época território boliviano mas densamente ocupado por brasileiros. Lá adquire extenso seringal e sonha com a fortuna.
O sangue guerreiro de Plácido se manifesta, porém, logo que o gaúcho fica sabendo que a Bolívia pretende entregar os seringais ao Bolivian Syndicate, controlado por norte-americanos e ingleses, concedendo-lhes o direito de extrair a borracha por 20 anos.
Plácido lustra as armas e junta-se aos seringueiros brasileiros revoltados. Em 1902 é criada a Junta Revolucionária, movimento pró-independência do Acre e de anexação ao Brasil. Forma-se, nos arredores de Xapuri, um exército de 2 mil seringueiros armados que invadem e dominam o povoado. Xapuri, vê-se, já era palco de horrores bem antes do assassinato de Chico Mendes (1944-1988).
Tática de guerrilha do colunista: a história seguirá amanhã, igualzinho às polêmicas sem fim que Caxias é hábil em criar e alimentar e muito semelhante a um samba enredo, sempre pretensamente épicos, mas nem sempre bem contados.