Enquanto o CTG Ronda Charrua duelava batalhas farroupilhas e os gritos de guerra ecoavam pelo ginásio, de bota e bombacha, Lucas, de apenas dois meses, dormia no colo da mãe, Alessandra Ribeiro, 30. Ela, que é integrante da entidade, cuidava do menino enquanto o pai, Paulo César de Souza, enfrentava uma peleia com imperiais na noite de sexta, na abertura do Encontro de Arte e Tradição Gaúcha (Enart), em Santa Cruz do Sul.
- Dancei até os oito meses de gravidez e, depois que ele nasceu, parei de dançar por apenas 30 dias. Na noite de sábado, subo ao palco de novo.
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Quem também dormia enquanto os pais subiam ao tablado era Maria Clara, de cinco anos. Com vestido azul, idêntico ao da mãe, não agüentou a espera: quando o CTG Sinuelo dançou, já passava da uma hora da madrugada.
- Sempre é ela quem sorteia as danças que vamos apresentar. Hoje ela não agüentou, Todo ano, faço a roupa dela igual a minha. Ano passado, era saia, colete e camisa - diz a mãe, Renata Teles, 30, acompanhada do marido, Fabiano teles, 32.
Até domingo, serão mais de 600 performances ocorrendo simultaneamente em oito palcos no Parque Oktoberfest, concorrentes de 24 modalidades. Além das danças tradicionais, há chula, declamação, intérprete vocal, entre outros.
Bastidores
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