Morador do bairro Rio Branco de Caxias do Sul, Vilmar Kubiak, 50 anos, foi diagnosticado com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Para verificar qual é a gravidade da doença, ele solicitou, no dia 3 de setembro, o exame de espirometria no posto de saúde do bairro Rio Branco. Funcionários da UBS informaram ao paciente que o exame demoraria até 50 dias para ser realizado.
Em julho, a Secretaria de Saúde firmou um convênio com diversas entidades para implantar um serviço adicional de espirometria chamado RespiraNet. O serviço tem a função de auxiliar a realização do diagnóstico e classificação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Asma. No convênio, o Estado oferece o equipamento e verba para a iniciativa. A prefeitura de Caxias contribui com um funcionário e uma sala estruturada para o atendimento. O serviço contempla 90 procedimentos por mês para pacientes que não sejam encaminhados por especialistas.
De acordo com Vilmar Kubiak, o pneumologista do Centro Especializado de Saúde de Caxias do Sul que o atendeu, disse que não há como avaliar suas condições de saúde sem fazer os exames essenciais. Kubiak acha inadmissível aguardar 50 dias para realizar um procedimento médico. Ele afirma ainda que, ao chegar para agendar o exame, verificou que a sala que deveria realizar os procedimentos de espirometria, no Centro Especializado em Saúde (CES), estava fechada e sem funcionários.
- Eu fui até o posto de saúde para me informar como estava o andamento, e a funcionária falou que isso iria demorar, que havia muita gente esperando para fazer a espirometria. Só que no dia que eu fui lá no posto, a sala de esperiometria estava fechada, sem ninguém para atender - afirma Vilmar Kubiak.
Em nota, a Secretaria de Saúde informa que iniciou o serviço de espirometria no CES na quarta-feira. O equipamento que foi adquirido pelo município, deve atender 270 procedimentos por mês. Com a aquisição do novo equipamento, em conjunto com os exames já oferecidos, a Secretaria estima ofertar 360 procedimentos de espirometria por mês na cidade. A expectativa é que a lista de pacientes, que esperam por exames de espirometria, seja zerada até o final do ano.