Neste sábado ocorre a beatificação de Madre Assunta Marchetti. A celebração eucarística será presidida pelo cardeal Angelo Amato, na Catedral Metropolitana de São Paulo, às 10h. Madre Assunta é uma das fundadoras da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrianas, presente em Caxias do Sul desde 1927 pela Província Imaculada Conceição, sediada no bairro Marechal Floriano. O processo de beatificação de Madre Assunta foi aberto em 12 de junho de 1987 na Arquidiocese de São Paulo.
A missionária teve uma relação próxima com a Serra. Nascida em Lombrici de Camaiore, Itália, em 15 de agosto de 1871, chegou ao Brasil em 1895 para cuidar dos órfãos dos imigrante italianos e de antigos escravos. Madre Assunta se dedicou ao cuidado dos enfermos em hospitais e santas casas, se tornando presente em famílias de Bento Gonçalves, Farroupilha e Nova Bréscia. Morreu aos 76 anos, no dia 1º de julho de 1948, em São Paulo.
O milagre que a Igreja Católica exige para sua beatificação teria acontecido em 1994, no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. O engenheiro Heraclides Teixeira Filho sofreu um ataque cardíaco. Seu estado era considerado irreversível. A presidente do hospital, Madre Alice Milani, reuniu as irmãs da entidade e juntas rogaram a intercessão de Madre Assunta para a cura do paciente. Para surpresa de todos, Heraclides se recuperou e não sofreu sequelas. O milagre foi aprovado pelos integrantes da Congregação para a Causa dos Santos, e o decreto de beatificação foi autorizado pelo Papa Francisco em 9 de outubro de 2013.
A Superiora Provincial de Caxias, Irmã Marilucia Bresolin, explica que a beatificação de Madre Assunta fortifica o elo missionário da congregação das Irmãs Scalabrianas:
- Isso é uma bênção, uma graça, e justamente no mês em que completamos 119 anos de missão. Isso fortifica em nós o elo missionário. É um desafio que vale a pena, doar a vida em benefício dos necessitados em nome de Jesus Cristo.
A beatificação é um dos passos para a canonização (quando uma pessoa é nomeada santa pela Igreja Católica). Com a beatificação, o Papa autoriza a veneração pública da pessoa na congregação religiosa e na região em que ela atuava. Diferente da canonização, em que o santo é honrado de forma universal, o beato é honrado apenas em determinados lugares. Para a canonização é necessário comprovar um segundo milagre. O processo em si corre da mesma forma que o processo do milagre para a beatificação. Não há um prazo para o processo ser concluído, tudo depende dos estudos do Vaticano.
Fé
Madre Assunta, que viveu na Serra Gaúcha, será beatificada em São Paulo
Vaticano reconheceu milagre que salvou homem em 1994, em Porto Alegre
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