
O vazamento de chorume contaminado no Arroio Tega é um problema superado, segundo o secretário do Meio Ambiente de Caxias do Sul, Adivandro Rech. Contudo, não há como mensurar os danos provocados por milhares de litros derramados no leito de água durante semanas.
O acidente foi confirmado na terça-feira e aconteceu devido à remoção de uma tampa da tubulação que leva o líquido para uma estação de tratamento. Sem a proteção, o cano entupiu e o chorume transbordou. A tampa pode ter sido retirada por vândalos.
Apesar disso, o secretário diz que a substância produzida na Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Rincão das Flores, em Vila Seca, continuará sendo transportada por tempo indeterminado até o aterro desativado São Giácomo, no bairro Reolon, de onde seguirá para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Tega. O chorume é material tóxico originário da decomposição do lixo orgânico.
A medida é necessária enquanto não sai a liberação definitiva do novo sistema de operação da estação de tratamento Rincão das Flores, que recebe todo o lixo doméstico de Caxias. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) interrompeu o serviço em fevereiro para implantar melhorias. Conforme Adivandro, o tratamento foi retomado parcialmente e depende de avaliação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
- A estação não foi interditada. O que houve foi a paralisação temporária para melhorar o tratamento. Inclusive já estamos tratando o chorume com muito mais qualidade do que antes - garante o secretário.
Adivandro ressalta que a tubulação do São Giácomo até a ETE Tega foi construída em 2013. Até então, o chorume produzido no aterro desativado caía direto no arroio.