Um dos principais nomes da música nativista em Caxias do Sul, João Darlan Bettanin, o Xiruzinho, morto na madrugada deste domingo, tinha 48 anos e era natural de Esmeralda. O cantor, compositor, escritor e advogado diferenciava-se de outros tradicionalistas caxienses pelo estilo, mais próximo à música da fronteira. Ele estudou violão clássico e iniciou a carreira em 1983, cinco anos após chegar a Caxias com a família. Em shows nacionais e no Exterior, tocou ao lado de músicos renomados como Lúcio Yanel, Yamandu Costa e Renato Borghetti.
O costume de usar pilcha frequentemente lhe rendeu o apelido, adotado também como nome artístico, ainda na adolescência, quando cursava o ensino médio no Colégio La Salle. O primeiro dos quatro discos nativistas, Um Parelheiro que Tenho, foi lançado em 1991, pela gravadora Acit. Em 2013, deixou de lado temporariamente o nativismo para lançar um CD de música popular, batizado de Aquarelas do Amor.
Em 2012, lançou o livro-CD A Arte Real em Versos, Pajadas, Décimas, Sonetos e Poesias, sobre temas da maçonaria. Ele exercia a advocacia esporadicamente para auxiliar conhecidos que necessitavam de ajuda. Conhecido também no meio político, era filiado ao PMDB.
Além da esposa, Márcia Marques, e da filha, Eduarda, 13 anos, Xiruzinho deixa os pais e o irmão, Mateus. Ele era o filho mais velho de Armando e Maria Glória Bettanin. Ele será velado na capela A do Memorial São José. A cerimônia de cremação está marcada para as 18h30min de segunda-feira, no Memorial Crematório São José, em Caxias.
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Com cinco discos gravados, Xiruzinho era destaque da música nativista em Caxias do Sul
Músico morto em acidente de carro será cremado às 18h30min de segunda-feira
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