Um encontro cercado de expectativas ocorreu na manhã desta segunda-feira, no setor de hemodiálise do Hospital Pompéia. A moradora de Caxias Isabel Maciel, 56, que há 28 anos procurava informações a respeito de duas irmãs por parte de pai _ conforme o Pioneiro mostrou em reportagem da última sexta-feira _, teve a oportunidade de abraçar a caçula Flavia Maciel. A emoção encheu de lágrimas os olhos de ambas, que conversaram por cerca de 40 minutos.
Na última vez que as irmãs se viram, Flavia tinha quatro anos e foi levada por uma tia para morar em Bom Princípio, após a morte do pai. Hoje, aos 32 anos, mora em Feliz, no Vale do Caí. Portadora de insuficiência renal, é paciente do Pompéia desde os 18 anos. Foi localizada por um policial aposentado de Caxias, que após ler a matéria, recorreu ao sistema da Polícia e descobriu o endereço onde ela vive desde que casou.
O leitor descobriu também o número do seu telefone, que repassou para Isabel. O primeiro contato foi feito ainda na sexta-feira, mas a caçula disse não ter levado tão a sério. Achou o contato inusitado demais, parecia brincadeira. Mesmo assim, contou que estaria em Caxias nesta segunda. E só foi acreditar mesmo ao receber, na saída da sessão de hemodiálise, o buquê de rosas brancas e o abraço que há quase três décadas a irmã mais velha esperava lhe dar.
_ Eu não acreditava que fossemos nos encontrar. Tinha muita vontade de apresentar à minha filha, de 15 anos, a família do avô dela, que ela não chegou a conhecer. Na escola, ela sente vergonha por não saber o que dizer quando os colegas perguntam. Estou muito feliz e emocionada _ contou Flavia
Isabel, que disse não ter conseguido dormir durante a noite pela expectativa do reencontro, não disfarçou a felicidade:
- Eu lembro de tanta coisa de quando ela era pequenininha e eu ajudava a cuidar dela. Era um vazio muito grande não ter notícias. Agora parece que se fechou um ciclo na minha vida e tudo está bem novamente.
Juntas, as duas combinaram de tentar reatar contato com Neiva Júlia, irmã que Isabel não vê há 19 anos e Flávia perdeu o contato há cinco. Ela havia se mudado para o interior de Santa Catarina.
Leia a reportagem completa no Pioneiro de terça-feira.
