No dia 7 de setembro de 2012, parte do antigo moinho foi derrubada. A ação gerou revolta entre os moradores, que começaram uma mobilização pelo Facebook. No fim da tarde daquele dia, um grupo que reunia arquiteto, estilista, fotógrafo, empresários e moradores se reuniu para estudar alternativas contra a destruição.
O Moinho de Trigo Farinha Vigorosa, de Ana Rech, em Caxias do Sul vem recebendo serviços da empresa Rija Empreendimentos Imobiliários Ltda. O prédio foi parcialmente demolido em 7 de setembro do ano passado pela empresa, proprietária do imóvel.
De acordo com o Secretário da Cultura, João Tonus, a empresa cumpre determinação judicial que autoriza a demolição da estrutura comprometida, a preservação do que não corre risco de cair e o recolhimento dos bens do moinho para preservação.
A estrutura da frente do moinho, onde a empresa havia iniciado a demolição, foi removida. O teto e parte de zinco que estavam jogados no chão foram colocados em um canto do terreno. O pátio foi limpo e cercas isolam alguns materiais.
Segundo moradores de Ana Rech, durante as obras uma parede caiu e deixou um buraco no prédio.
Apesar de reconhecer a importância história do moinho, o comerciante Sérgio Lopes da Silva, 62 anos, espera uma solução definitiva das autoridades.
- Se é pra restaurar e preservar, sou de acordo, desde que façam logo. Agora, se é para ficar assim durante anos, acumulando sujeira e jogado de lado, que seja dada liberdade para a empresa investir no lugar _ diz ele, proprietário da Prosperidade Cafeteria, em frente ao complexo.
Os serviços, que iniciaram há duas semanas, estão sendo executados pela empresa Rossi Arquitetura e Urbanismo.
Entenda o caso
O prédio estava protegido por uma notificação de tombamento provisório que havia sido emitida em março de 2012. Desde aquela data, estava proibida qualquer tipo de interferência na estrutura. Esse era o primeiro passo para o tombamento definitivo.
No dia 10 de setembro de 2012, uma reunião reuniu representantes da prefeitura de Caxias e moradores de Ana Rech. O município notificou a empresa porto-alegrense proprietária do imóvel.
A Rija Empreendimentos Imobiliários Ltda, proprietária do antigo moinho, foi informada que seria multada caso efetuasse outra intervenção no prédio.
Uma audiência pública promovida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação da Câmara de Vereadores aprovou o projeto de lei complementar que insere o moinho no setor de interesse patrimonial histórico, cultural e paisagístico do Plano Diretor do município.