Criminalidade assusta moradores do bairro São Pelegrino, em Caxias do Sul

Assaltos e furtos, intensificados nos últimos meses, têm assustado trabalhadores do bairro São Pelegrino. As vítimas vão desde estabelecimentos comerciais até pedestres atacados em plena luz do dia. Uma das ruas que concentra casos é a Pinheiro Machado, nas proximidades da Rua Feijó Júnior, onde fica a loja de produtos de limpeza Limpex, alvo no último dia 12.

Conforme a proprietária, Paula Verona Dinon, um homem vestido calça jeans, tênis, camiseta e casaco entrou no estabelecimento por volta das 18h30min e solicitou um perfume para carro. Depois de escolher entre opções mostradas, ele pegou um amaciante e se dirigiu ao caixa. Pagou R$ 19 e, ao sair, disse que precisava de água sanitária. Retornou e, enquanto pagava R$ 8,90 pelo produto, anunciou o assalto. Na ponta do balcão, o criminoso colocou a arma nas costas da vítima e a levou até um depósito nos fundos da loja, que registrou o primeiro assalto três meses após a inauguração.

- Ele falou: fique aqui uns 10 minutos. Se você sair, vou te ver e te mato. Contei segundo por segundo. Chorei até as 4h. Fiquei a semana inteira com a sensação de que ele fosse voltar, agora que o medo está passando. O problema é que a gente não enxerga policiamento - desabafa a comerciante.

O assalto levou Paula a adotar medidas, como trabalhar apenas acompanhada ou com as portas fechadas quando está sozinha. Como o negócio é inicial, investimentos em mais segurança, como câmeras de monitoramento ou até segurança privada, pesam no orçamento. Ainda assim, uma tentativa de arrombamento em setembro levou ao reforço das grades e aprimoramento do sistema de alarme. Segundo a comerciante, que mora nas proximidades, eram dois ladrões, que correram após os proprietários jogarem bombinhas ao lado deles.

Conforme  o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), major Jorge Émerson Ribas, o bairro São Pelegrino tem população comércio e vida noturna ativa e 24 horas por dia, o que chama atenção de ladrões.

- Sabemos que realmente existem muitos problemas, não só de segurança, mas também sociais. O importante é que haja o registro das ocorrências. Não adianta fazer a abordagem se não há nenhum registro do fato - afirma.