Sem manutenção há mais de quatro meses, uma das estradas mais perigosas - e bonitas - do Rio Grande do Sul se deteriora rapidamente.
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Nos 105,3 quilômetros de poucas retas, curvas acentuadas e longos declives entre Campestre da Serra e Nova Petrópolis, os buracos se multiplicam, a exemplo do que ocorre em outras rodovias que tiveram as concessões encerradas em maio pelo governo do Estado.
O maior perigo, porém, reside nas encostas da estrada. Pedras gigantescas, galhos e mesmo árvores inteiras desabam sobre a pista. Ao longo do trecho, há pelo menos uma dúzia de deslizamentos. Entulhados de terra e folhas, bueiros devolvem água para a rodovia, aumentando o risco de acidentes.
Nos antigos postos de pedágio de São Marcos e Caxias do Sul (Vila Cristina), também há armadilhas: cones e proteções de ferro amassados e as cabines de cobrança às escuras elevam o risco de colisões. Além disso, os banheiros e o escritório da antiga concessionária viraram abrigo de gente estranha, aumentando a insegurança de pedestres, motoristas e vizinhos.
Desde maio, quando retomou a gestão do trecho, a União promete agir. Em Brasília, é esperada para esta sexta-feira, no Ministério dos Transportes, a confirmação da empresa paulista Pavia Brasil como vencedora da licitação de R$ 23,3 milhões para recuperar e manter os 105,3 quilômetros da rodovia por dois anos. Se isso ocorrer, as obras começam em novembro.
Abandono
BR-116 entre Campestre da Serra e Nova Petrópolis se deteriora
Estrada está sem manutenção há mais de quatro meses
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