A fisioterapeuta Jaqueline Azevedo, 26 anos, trouxe para a CTI do Hospital Virvi Ramos o uso de redes para ajudar o desenvolvimento de bebês prematuros. O método simula ambiente do útero materno e auxilia no ganho de peso dos pequenos.
- É um método conhecido e muito utilizado, principalmente no nordeste (do país). Não sei explicar o porquê de não usarmos aqui ainda. Eu perguntei para os médicos e eles falaram que conheciam de reportagens, mas nunca tinham visto pessoalmente. É incrível como uma mínima coisa faz diferença.
A utilização de redes nas incubadoras oferece ao bebê mais conforto, calmaria, estímulo sensório-motor e torna a recuperação mais rápida, pois poupa suas energias e favorece o ganho de peso. Jaqueline deu-se conta de que o uso das redes poderia ter aplicação imediata durante a fisioterapia respiratória para uma bebê nascida com apenas cinco meses e meio de gestação e 550g:
- Em uma das sessões, eu a peguei em minhas mãos e aconcheguei seu corpinho como se estivesse em uma rede. Como num estalo, aqueles artigos e reportagens que tinha visto vieram a mente.
A primeira rede foi improvisada com uma fronha e cadarços. A pequena respondeu muito bem, e uma colega de Jaqueline costurou uma rede mais adequada.
Em uma semana de tratamento, com sessões de 30 minutos a duas horas na rede, a menina apresentou um ganho de 250g. Hoje, ela se encontra com 2,350kg e só utiliza um respirador para poupar os pulmões e ajudar no controle da saturação de oxigênio.
Aconchego
Fisioterapeuta implementa uso de redes para ajudar bebês prematuros no Hospital Virvi Ramos, em Caxias do Sul
Método simula ambiente do útero materno e auxilia no ganho de peso dos pequenos
Leonardo Lopes
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