Júlio César Teixeira Martins, 34 anos, era vendedor autônomo e no dia do acidente, 23 de janeiro, estava indo para Farroupilha com os filhos Jonas, nove, e Mateus, 12, procurar uma casa para alugar. Eles já ficariam em definitivo na cidade, e em seguida, a esposa Marivone Domingues e os outros quatro filhos, Tamires, Oséias, Gisele e Juliana, viriam de ônibus.
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Júlio queria morar em Farroupilha porque acreditava que a cidade ofereceria mais oportunidade de trabalho. Segundo Claudiomar Domingues, 41, irmão de Marivone, Júlio vendia de tudo um pouco, incluindo tapetes e bichinhos de pelúcia. Ele era natural de Barão de Cotegipe, mas cresceu em Erechim.
- Ele era um cara batalhador e alegre. Para ele tudo estava bom. Não tinha tristeza e estava sempre disposto. Ele não tinha medo de enfrentar a vida. Resolveram ir para lá (Farroupilha) porque eram pobres, né. Estavam enfrentando dificuldades e as vendas tinham enfraquecido - contou Claudiomar.
Jonas estava na terceira série e, conforme o tio, era uma criança muito alegre, que gostava de brincar e ir à escola.
Agora, os Martins tentam se reestruturar. Marivone entrou com o pedido de aposentadoria para auxiliar nas despesas da família. Mateus, o filho que estava no carro e ficou dias internado na UTI, já está em casa e passa bem. Segundo o tio, ele não lembra do dia do acidente.
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