Anunciada em janeiro, a nova política de podas de árvores em Caxias do Sul começa a tomar corpo. Cortes radicais só estão autorizados em casos extremos. Todos os procedimentos são orientados por um engenheiro agrônomo. Quem afirma é o secretário do Meio Ambiente, Adivandro Rech.
- A regra é que se faça apenas as podas de condução, que visam a retirar algum galho que esteja interferindo em fios, no sistema viário e os ônibus possam bater, ou podas para direcionar a árvore no caminho que entendemos melhor, para no futuro não ter que cortá-la - explica o secretário.
Adivandro assegura que podas maiores só são realizadas se a árvore estiver tomada por pragas, como a cochonilha e a erva de passarinho. Os cortes menos radicais praticados desde o início do ano têm surtido efeito. Pelas ruas, o que se tem visto são árvores com galhos mais fartos.
Ao engenheiro agrônomo Marcio Seli cabe a tarefa de guiar a única equipe de podas da Semma. Seli é responsável por acompanhar os cortes na rua e indicar, a cada servidor, qual galho pode ser cortado e como cortá-lo.
Na tarde de quarta-feira, o grupo fez a manutenção em dois ipês na Rua Dal Canalle. Do chão, Seli orientava dois homens içados por um guincho, sinalizando o limite de cada corte. Galhos que tocavam em fios foram retirados. Outros seis homens participaram do trabalho.
- Geralmente não podamos nem 10%, para manter o aspecto visual e não prejudicar a árvore - explica Seli.
Além do controle das podas, os técnicos da Semma estão investindo no cuidado com as árvores desde pequenas. O objetivo, conforme o engenheiro, é moldá-las para não deixar crescer galhos que precisem ser suprimidos no futuro. Brotos nascidos no tronco, que tendem a crescer em direção à rua e atrapalhar a circulação de carros, por exemplo, são retirados.
Todas as podas são ligadas ao setor de Praças, Parques e Jardins (PPJ) da Semma. Quem comanda a área é o técnico agrícola Luiz Cezar Vacchi, responsável por supervisionar todo o trabalho.
Cidade mais bonita
Para evitar podas radicais em árvores de Caxias, engenheiro agrônomo da prefeitura acompanha trabalho
Os cortes menos superficiais só são permitidos em casos extremos, caso a planta esteja ameaçada por alguma praga
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